28 de junho de 2008
Censura aos Blogs na Biblioteca Municipal de Castelo Branco

Ontem, ao fim da tarde passei pela magnífica Biblioteca Municipal albicastrense. Como tinha algum tempo disponível, fui consultar alguns documentos que não consigo aceder em Idanha.
Magníficas instalações, postos de trabalho e estantes de boa qualidade. Um bom ambiente para o estudo, com vista para a cidade (pena ainda haver tantas obras no exterior, com as vidraças muito sujas, mas isso é natural e desculpável). Ao fim de algum tempo e não havendo ninguém num computador que está disponível para consultar a Internet e efectuar pequenos trabalhos, decidi ir ver como “como paravam as modas” para os lados do meu Blog.
ESPÂNTO. O acesso aos blogs está bloqueado. No entanto consegui aceder aos jornais desportivos. Não convencido decido entrar no Blog do meu Amigo Veríssimo Bispo, que como toda a gente sabe, trata-se de um Blog cultural sobre a cidade. Nada, não há maneira. Informo-me junto de conhecidos. Simplesmente deixam-se rir. O quê, eu não sabia?
Sinceramente, se esta situação não me tivesse acontecido a mim eu duvidaria do meu informador. Sejamos sinceros, volvidos 34 anos após o 25 de Abril situações de censura neste País era das últimas coisas que eu estava à espera, mas pelos vistos parece que nos temos de habituar.
PORRA, que mal fizeram os Blogs? São incomodativos? Transpiram liberdade?
Quem tomou esta atitude só lhe ficaria bem pedir a demissão do cargo público que ocupa. Restrições à informação num local todo ele dedicado a ela? O Censor será que possui na sua Biblioteca um fundo de Obras que não podem ser vistas pelo Público derivado ao seu teor?
Meu Deus, onde nos estão a levar estas sumidades culturais albicastrenses… (pelo menos algumas vivem lá) . Ouvi dizeu que em certos países também fazem isso com muita frequência, como a China, o Paquistão, a Arábia Saudita, Cuba, Coreia do Norte, agora já podemos também acrescentar Portugal, ou pelo menos a Biblioteca Municipal Albicastrense.
Agora já começo a entender como o Salazar ganhou o concurso do maior português.....Etiquetas: Biblioteca Municipal, Blog, Castelo Branco, Censura
26 de junho de 2008
Arístides Galhardo Mota, até à Eternidade

Morreu o meu Amigo Arístides Galhardo Mota. Fiquei quase sem fala.
Até sempre Senhor Arístides... que a terra lhe seja leve.
Etiquetas: Arístides Galhardo Mota, Falecimentos
20 de junho de 2008
Património albi-casto 2

O REUMÁTICO
Etiquetas: Rábulas
Património albi-casto
FECIT LUX
Na peça jornalística do Reconquista de autoria de João Carrega, há uma imagem impactante, das três que acompanham a seguinte legenda: “O túnel foi devidamente estudado por especialistas na matéria”. É aquela onde um rosto com capacete branco, iluminado dentro do túnel.. Serão estes os especialistas? O rosto branco provoca-nos arrepios e temores. Misteriosa criatura. De quem será esta face fantasmagórica, tipo máscara do filme SCREEAM UAAAAAAAu. O fantasma do túnel do parque.
Já sei. Com tanta luz deve ser um dos tais iluminados que um certo senhor anda sempre a falar.
O relinchar geológico ecoa no túnel…
Etiquetas: Largo de S. João, Túnel
Circo, circo, circo
Etiquetas: Desabafos
19 de junho de 2008
Património albicastro

Pronto. Acabou-se. Tal como tínhamos avançado, «a direcção Nacional do IGESPAR veio colocar um ponto final sobre a polémica sobre a importância histórica da galeria que liga dois poços no Largo de S. João». Isto vem na primeira página do nosso jornal regional “Reconquista” que assim anuncia o seguinte facto: a memória do túnel é preservada. Todos rejubilamos com isto.
MAS
Mas o jornalista que assina a peça, o nosso velho conhecido e excelente profissional João Carrega, fala de polémica. A palavra é mesmo essa, polémica. Curioso. É que no desenvolvimento da peça essa dita polémica» não é aflorada em nenhum sítio. Terá havido alguma? E se sim, entre quem? Entre a Câmara e o Igespar Nacional? Entre a Câmara e o Igespar local (Arquitecto José Afonso)? Entre o construtor do parque de estacionamento, a Câmara, e o Igespar? Polémica entre os arquitectos do projecto, os engenheiros da Câmara e os arquitectos do Igespar? Polémica entre o Presidente e os arquitectos os do Igespar e os do Projecto? Polémica entre os arqueólogos das retroescavadoras e os do colherim? Entre os promotores das baldas e ignorâncias técnicas cujos resultados não adquirem nenhuma credibilidade cientifica e os que querem e defendem uma Arqueologia para Castelo Branco verdadeiramente preventiva? Polémica afinal onde? Houve, isso sim, um consenso negociado que ajudasse a tapar as seguintes realidades: O Igespar está
Deve ser, para já, um problema de óculos!
A «OBRA» é que manda. Sempre, sempre. Ela vale mais do que as palavras. Logo esse é que foi a questão a estrutura podia atrasar a OBRA. O resto foram cedências, os chamados males menores para aqueles que apesar de alvorarem que andam a defender o património do Pais e da região são com o silencio coniventes com as destruições por sobrevivência politica e social. Gostam muito de serem chefes de alguma coisa. Polémicas. Ui,ui. Tá quieto. Só em surdina…e sempre a olha para os lados. É que Polémica «é a prática de provocar disputas e causar controvérsias em diversos campos discursivos, como na religião, na filosofia, na política, na arte, na literatura, etc. É necessário salientar que polémica NÃO È SINÒNIMO de brigas ou discórdia hostil. Muitas obras literárias nasceram num contexto de polémica, defendendo (neste caso trata-se de uma apologia) ou refutando uma determinada tese. É mesmo frequente citar-se a polémica como algo necessário para o avanço do conhecimento nestes campos. Alguns autores clássicos, como Cícero ou Santo Agostinho deixaram obras notáveis que se inscreviam em polémicas políticas e religiosas.» Portanto fica aqui um aviso a alguns daqueles que classificam os outros como boas ou más pessoas, bons ou maus cidadãos, bons ou maus técnicos por se ser mais ou mais ou menos polémicas. Geralmente esses que criticam sabem no seu intimo uma coisa - Que os polémicos não são ignorantes, broncos e de raio intelectual curto… Portanto atenção àquilo o que alguns e algumas andam para aí a dizer de cidadãos honrados e com direito ao bom nome. Essas maledicências, essas calúnias, essas injurias socialmente tão aceites no café e em alguns gabinetes resolvem-se na DOMUS IVSTITIAE. Pois é.
Metam a mão na consciência e talvez fiquem mais iluminados como aconteceu agora ao Senhor Presidente Joaquim Morão. O senhor Presidente dá-nos no Reconquista, para nossa surpresa, uma grande lição de História. Bem haja Presidente por saber tanto destas coisas. Como se nota a importância da vinda a Castelo Branco do Professor Doutor João Pedro Ribeiro. E. É espantoso constatar que afinal e apesar do IGESPAR de Lisboa ter dito que a mina não apresentava grande singularidade patrimonial, a Câmara resiste e dá uma lição de preservação da memória histórica da nossa cidade. Assim é que é. Contra as adoráveis mentirinhas dos pseudo patrimonialistas da cidade, a Câmara dá uma lição única ao nível do País. Depois do aqueduto das Águas Livres, é o túnel do Largo de S. João de Castelo Branco, a estrutura hidráulica mais musealisada de todo o nosso Portugal PATRIMONIAL.
PS- 1- O parecer técnico do Igespar , transcrito no «Reconquista», afirma ser este “um sistema comum da região”. Gostaríamos de saber onde se situam, esses exemplos, nomeadamente aqueles que tenham 1, 90 de altura…
2- As sete sondagens arqueológicas realizadas no Largo prometem ser mais uma interessante página da arqueologia albicastrense depois do mito do quadrado 118. Esperemos pela consulta pública dos relatórios.
Etiquetas: Destruição do património cultural albicastrense, Largo de S. João, Túnel
18 de junho de 2008
A muralha albicastrense

Ou é também uma reconstrução do século XIX, e por isso sem valor patrimonial?
A ver vamos.
Que Santa Eulália nos valha.......
Foto surripada ao nosso companheiro António Veríssimo
Etiquetas: Castelo Branco, Muralhas
17 de junho de 2008
Tenham dó das criancinhas

Vais ver que a nossa cidade vai ficar altamente!!
Quando quiseres, vem visitar Castelo Branco.
Prometemos que não te arrependes!!
Que podemos desenhar na nossa sacola.
Mas Também eu te vou respeitar
E Deus aceita-a com muita graça.
Etiquetas: Castelo Branco, Pólis
Largo de S. João (Castelo Branco)

Etiquetas: Castelo Branco, Largo de S. João, Projecto de arquitectura
13 de junho de 2008
Palavras para quê???

Etiquetas: Castelo Branco, Manuel Costa Alves
12 de junho de 2008
Para o Processo do «CRIME» 2
As crianças, a Câmara de Castelo Branco e o Património
Para o Processo do «CRIME» 1
11 de junho de 2008
Património virtual

Na fotografia é visível um elemento do património da cidade destruído pela Câmara Municipal de Castelo Branco em princípios do século XX: a capela setecentista de S. João. A destruição foi entendida como um grande progresso para a terra para dar lugar a um …parque de árvores. Nem uma! Hoje o parque proposto é um de estacionamento
Desta edificação não se encontrou nenhum rasto dela depois de trabalhos arqueológicos autorizados. Situação técnico-histórica interessante não é? Como é que o adro ficou estratigraficamente tão limpinho. Já que estão com a mão nos filmes virtuais porque é que não fazem um “monumento” evocativo desta memória albicastrense? Dois filmes devem ser mais barato do que um. O automobilista turista ou residente descobrirá assim as duas vertentes do património: quando descer o alvanel virtual e ao subir as escadas a capela virtual.
Quanto ao cruzeiro, e segundo sabemos, não está previsto que deixe de ser de pedra. Por enquanto, por enquanto…
Etiquetas: Largo de S. João
O Património virtual é que está a dar




O “caso” da arqueologia patrocinada e praticada pela Câmara Municipal de Castelo Branco começa a ser considerado de manual das práticas mais complicadas de perceber e entender. Arqueologia urbana? Arqueologia preventiva? Tá quieto ! O que é isso?
Para esta realidade têm contribuído um conjunto de situações cientifica, metodológicas e políticas menos claras e de vários autores e autoras. Não vamos desenvolver pessoalismos em demasia pois, a seguir, vem logo a teoria da perseguição…
Há tempos fizemos referências à “descoberta” de um aqueduto do antigo sistema de águas da cidade. Foi daquelas coisas que acontecem. Que chatice ninguém estava à espera daquilo! Maldita máquina e aqueles tipelhos dos blogs que só atrasam as obras do progresso da cidade. Entretanto, e o mais caricato é que o espaço tinha sido objecto de sondagens arqueológicas que como sempre
Algumas pessoas manifestaram-se tendentes à sua preservação. A coisa foi mesmo anunciada num jornal local pelo Arquitecto Afonso que como sabemos é o responsável pelo IGESPAR cá do burgo. Para ele aquilo era para manter…Até afirmou que devia ser colocado um vidro a proteger o achado pois o mesmo tinha valor patrimonial.
Já o Presidente Joaquim Morão deve ter sido, imaginamos, como sempre, subtil. Pela frente muito patrimonialista e falinha mansas que sim, que sim Sr. Doutouri, por detrás encarou aquilo como, um entrave aos «seus» parques de estacionamento. O progresso é que conta. E tem todo o direito de assim pensar. Fazer parques de estacionamento é que é preparar o futuro da cidade. È o seu entendimento e pronto!
Já a arqueóloga foi, dizem, incansável no trabalho e nos acompanhamentos. Fazia o que podia… fazer ou não fazer. Coitadinha da rapariga. Quando soube que ela não pode assistir ao Congresso de Arqueologia do Museu por causa do excesso de trabalho até percorri toda a zona histórica da minha cidade para lhe dar a minha solidariedade. Infelizmente e depois de ter tropeçado em muitos buracos e valas abertas em todas as ruas medievas não a encontrei. Devia estar escrever os relatórios e a dar cronologias aos achados que
Lá vieram os especialistas prometidos pelo Presidente Morão. Eram todos do IGESPAR á frente com o Pré-historiador PROF. JOÃO PEDRO de Paiva Gomes CUNHA-RIBEIRO
http://www.fl.ul.pt/pessoais/jpribeiro/index.htm
Não sabemos o que aconteceu nas reuniões mas terá sido ele a dizer que o túnel
NÃO TÊM INTERESSE NENHUM. NÃO é PATRIMÓNIO. NÂO VALE NADA PORQUE NÃO È ANTIGO? É DO SÉCULO XIX! Interrogamos , atenção, não afirmamos.
Então quem é que deu ordem para arrasar o achado e porquê? O IGESPAR, O Arquitecto Afonso? O Presidente Joaquim Morão?
O DOUTOR JOÃO PEDRO CUNHA RIBEIRO?
Quem é que arrasou tudo para dar lugar ao estacionamento dos pós-pós? Porque é que não se cumpriu a musealização?
Os responsáveis NÃO ficaram com a consciência tranquila! E vai daí vão fazer um filme da estrutura para ser projectado no cimento da parede para os srs. automoblistas verem enquanto estacionam. Que lindo!
Destrói-se o original em troca de uns lugares para carros Que ecológico! È uma lição de património com a apoio do Presidente para iluminarem os toscos dos albicastrenses que não sabem nada de património… Vai ser giro explicar aos nossos netos que antes do betão do parque de estacionamento havia uma estrutura em pedra seca em xisto, do século XIX, que foi arrasada pelos sábios da câmara do século XXI, com o apoio e conivência dos reponsáveis?
Última pergunta quem paga o filme? E já agora a nível do património
PARA A FRENTE COM A ASSOCIAÇÃO DE PATRIMÒNIO CULTURAL.
PS- O LOCAL ESTÁ NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRECTA DE MONUMNENTO NACIONAL. OU NÂO?
As fotos recentes são autoria do nosso estimado Amigo Luís Norberto Lourenço, a quem desde já agradecemos
Etiquetas: Largo de S. João
Largo de S. João
Soube por telefone que já foi destruído o alvanel (túnel) que apareceu no Largo de S. João em Castelo Branco. Pelos vistos devem ter optado pela destruição e continuação da obra. Mas quem deu parecer sobre a importância ou não do "achado". Será que foi quem forneceu igual informação sobre tudo o que apareceu ou não apareceu em todo o Pólis? Castelo Branco está entregue a uma fauna rara e forasteira que teima em reinar, com o beneplácido dos albicastrenses que mais não sabem que dar "bem hajas".... (qualquer dia com o chapéu na mão).
Será que os albicastrenses querem do fundo do coração uma cidade descaracterizada conforme no-la estão a vender. Progresso sim, mas respeitando o património albicastrense. Afinal, como dizia um dos meus comentadores, não houve nenhum terramoto para se estar a mudar tudo. Mas parece que alguém está com fé em ser Marquês de Pombal.
Etiquetas: Destruição do património cultural albicastrense
5 de junho de 2008
Castelo Branco quem te verá.... 1

A parte que mais foi afectada foi a chamada zona antiga, constituída pelo bairro do Castelo. As mais incriveis atrocidades foram autorizadas ou simplesmente toleradas. O prédio da PT é um bom exemplo, mas há outros, um pouco por todo o lado. Dezenas de portados quinhentistas foram selvaticamente destruídos e substituídos por portadas em mármore ou granito polido, fachadas inteiras foram demolidas para fazer habitações a blocos de cimento e tijolos. A destruição da capela que existia na Rua do Cavaleiro é bem exemplo disso.
Etiquetas: Castelo Branco, Património Cultural