30 de outubro de 2008

 

XXªs JORNADAS “HISTÓRIA DA MEDICINA NA BEIRA INTERIOR”


Realizar-se-á, em Castelo Branco, nos próximos dias 7 e 8 de Novembro (Sexta e Sábado), a XXª edição das Jornadas de História da Medicina na Beira Interior : Da Pré-História ao século XXI”. Notável a persistência desta reunião de investigadores, numa região que tem desprezo e desconfia da troca sã de ideias e se esquece de tudo e de todos. Ainda me lembro das primeiras jornadas, de 1989, patrocinadas e organizadas pelo Museu Tavares Proença Júnior de Castelo Branco quando o seu Director de então o Dr. António Salvado com o médico Dr. António Lourenço Marques, levaram a bom porto esta iniciativa pioneira. Outros tempos, outros tempos. O evento chamou a atenção de muita gente das universidades e dos centros de investigação do país e do estrangeiro para estas coisas das ligações ente a História e as Ciências e as jornadas têm-se vindo a realizar ininterruptamente desde esses já longínquo 1989. A revista “História da Medicina na Beira Interior. Cadernos de Cultura” é única que, na região, edita, efectivamente um número por ano, difunde os trabalhos apresentados e discutidos.

As temáticas das jornadas são sempre transversais a diversas áreas e tempos do saber, assumiram o médico cristão-novo albicastrense AMATO LUSITANO como figura máxima de estudo. Era bom que este ano aparecessem comunicações sobre as conclusões ao nível das doenças e da antropologia física resultantes das escavações que tiveram lugar nos castelos de Castelo Branco e, principalmente, em Penamacor.

O Programa, desta XXª edição, arranca na Sexta, pelas 18 e 30 minutos, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, com a conferência. «As tribulações do Mestre João Rodrigues de Castelo Branco (Amato Lusitano) à chegada a Antuérpia em 1534” pelo Professor Doutor António Manuel Lopes Andrade. Segue-se a inauguração de uma exposição sobre originais amatianos propriedade da rica Biblioteca de Castelo Branco “Jaime Lopes Dias”. No sábado, a partir das 9h 30m, inicia-se a apresentação das comunicações cujo programa aqui divulgaremos em breve.

Lá estaremos para revermos velhos e bons amigos. Saliente-se que este evento é possível pelo total apoio da Câmara Municipal da cidade de Amato Lusitano: Castelo Branco.

PS- Segundo informações constantes no folheto, a organização aceita comunicações até 3 de Novembro. O título deverá ser enviado para a Comissão executiva das Jornadas, Quinta do Dr. Beirão, 27, 2º Esquerdo
6000-140 Castelo Branco

A inscrição com direito a exemplar da revista e jantar de Sábado, é gratuita e é feita na Sexta Feira na abertura das Jornadas. Passam diploma de assistência.

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Exposição de Arte Sacra em Idanha-a-Nova




Será inaugurada, amanhã dia 31 de Outubro, pelas 17 horas, no Forum Cultural de Idanha-a-Nova, uma exposição de arte sacra referente às Paróquias de Idanha-a-Velha e de Alcafozes. Estamos em "pulgas" para conhecer a selecção de objectos em exposição.

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29 de outubro de 2008

 

Onde estão os estudos sobre os conventos albicastrenses?


São poucos os estudos acerca dos conventos albicastrenses, trabalhos de fundo e sérios, para ser sincero não conheço nenhum, ao contrário do que se passa nos concelhos vizinhos de Idanha-a-Nova, Penamacor e Fundão. Acerca dos conventos de Castelo Branco têem-se escrito só banalidades seguindo todos os autores o que escreveu António Roxo em finais do século XIX. Para ser sincero há poucos estudos sérios sobre a própria cidade, há um manifesto déficite de investigadores e de resultados. Talvez no meio de isto tudo se salvem três nomes que me dizem muito. Manuel da Silva Castelo Branco, incansável e sempre aberto para ajudar; Maria Adelaide Salvado (a quem dediquei um post há pouco tempo) a formiga-trabalhadora e o Cónego Anacleto Pires Martins, para além de me ter baptizado, foi o rosto da bondade e trabalhador sem qualquer pretenção. Pela parte negativa também temos algumas ovelhas negras, que têm pretendido reduzir a história albicastrense, por encomenda a um mero, "não há nada", "o que existe não é significativo", etc. Enfim até parece que estamos a falar de historiadores oficiais do regime.
Voltando aos conventos, até quando durará o silencio?
Foto de uma lápide funerária de uma freira do Convento da Graça de Castelo Branco, cujo estudo está quase terminado e que será a minha próxima achega para a história do tema. Também já era tempo, já mexo nesta peça desde o afastado ano de 1982, se a memória não me atraiço-a.

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27 de outubro de 2008

 

Igreja matriz de Proença-a-Velha assaltada

Infelizmente os assaltos às igrejas da nossa zona parecem mão terem fim. Agora calhou em "sorte" a matriz de Proença-a-Velha. Neste momento ainda não possuo muitos dados sobre o ocorrido, mas posso adiantar que os meliantes rapinaram algumas imagens entre as quais o Espírito Santo, assim como começaram a desmontar o altar de talha dourada, tendo levado algumas partes, colunas creio.
Já estou a ficar farto de tanta roubalheira, impune, na nossa zona. Será que se tem feito todo o possível para prevenir e reprimir estes roubos? Eu creio que não.
Fico entretanto a aguardar pelo próximo atentado ao património cultural, já que não são esperadas melhoras, e não venham dizer que falo por falar. Infelizmente o tempo tem-me dado sempre razão.

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17 de outubro de 2008

 

Há quem goste muito




Ao Henrique

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Alminha no Pedrógão de S. Pedro

Pedro Folgado deu-nos a conhecer por estes dias uma pedra que se encontra entre Pedrógão de S. Pedro e Aldeia de Santa Margarida. Por acaso já tinha conhecimento da mesma só que não sabia a localização exacta. Agora a nível de curiosidade revelo o desenho que fez Carlota Landeiro nos anos 50 do século passado, e que está incluído num livrinho original de seu título "Epigrafia do concelho de Penamacor". Se passarem pela Biblioteca do Museu de Castelo Branco podem apreciar esta e mais epigrafes neste tão curioso projecto de publicação.
Leitura: AQUI ASASI / NARÃO IROBARÃO / ANJELO TEADORO NO / DIA 27 DE SETEMBRO / NATORAL DE ALBUQE / RQUE PROVINSIA DA / BADAJOS ANNO / DE / 1897

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13 de outubro de 2008

 

Curso de epigrafia

Está a decorrer no Palácio da Ajuda um curso sobre epigrafia portuguesa.
Aplaudimos de pé e pedimos que haja também descentralização destes eventos.

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10 de outubro de 2008

 

Maria Adelaide Neto Salvado. A Senhora "Geografia"




























Há já algum tempo que queríamos escrever este post a propósito de uma das personalidades científicas regionais que continuamente tenho vindo a admirar. Uma cientista que tem sabido de uma maneira sublime aliar a História com Geografia. Referimo-nos à Drª. Adelaide Salvado que de seriedade e constância é feito o seu caminho

Nasceu em Vila Franca de Xira, e é licenciada em Ciências Geográficas pela Universidade Clássica de Lisboa, onde foi aluna do Professor Orlando Ribeiro, vulto que sempre considerou como o seu grande Mestre.

Radicada, desde 1969, em Castelo Branco, foi docente do ensino secundário (Liceu Nacional de Castelo Branco) instituição onde fez parte do primeiro Conselho Directivo democrático e do ensino superior politécnico. Foi neste estabelecimento que a conheci ainda antes dos saudosos e revolucionários tempos do PREC. Fui seu aluno nas disciplinas de Geografia e Desenho. Corria o ano lectivo de 1972/73. Era o protótipo da Professora que tínhamos que respeitar pelo seu saber e exigência, apesar de nesses tempos andarmos pelas águas do estalinismo e do grande educador camarada MAO…

Mais tarde tive ocasião de trabalhar com ela enquanto funcionário do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior. A Dr.ª Adelaide Salvado foi conservadora ajudante do Museu, tendo promovido e elaborado diversos estudos relacionados com expressões da cultura regional. Lembro-me de duas: Uma sobre fotografias antigas de Castelo Branco intitulada “Castelo Branco, Vida e Crescimento de uma cidade” e outra sobre “As rendas de Malpica do Tejo”. É verdade. O cargo no Museu foi exercido de um modo gratuito. A Dr.ª Adelaide nunca recebeu nada por parte do Estado pelo seu trabalho em prol da comunidade. Nem uma colcha!

Muitos outros trabalhos e exposições coordenou, muitos estudos editou, muitas conferência proferiu paginando tudo isso com a actividade de docente da Escola Superior de Educação. Continua a magistralmente comunicar todo o seu saber -dizem-nos -agora na USALBI de Castelo Branco, onde tem uma autêntica corte de seguidores e de admiradores. Ainda bem que não se cala! È uma cidadã viva e activa!

Leccionou e lecciona áreas da Geografia, da Didáctica e da História Regional. Sócia de algumas instituições científicas e de solidariedade social recebeu em o Prémio de História Regional da AIP pela obra em co-autoria Rei Wamba- Espaço e Memória. Desenvolvendo igualmente trabalho na área social e na sua, em 2004, nas comemorações do 25 de Abril de Castelo Branco, foi homenageada pela sua postura cívica em prol da verdade e da liberdade, combatendo sempre a exclusão social e cultural.

Não contando com as dezenas de artigos editado em revistas nacionais e estrangeiras (Como seria importante a sua reunião) È autora, entre outras, das seguintes obras:

Os Avieiros nos finais da década de cinquenta (1985), O Espaço e o Sagrado em S. Pedro de Vir-a-Corça (1993), O Culto do Espírito Santo em Terras da Beira Baixa (1997), A Confraria de Nossa Senhora do Rosário de Castelo Branco - Espelho de quereres e sentires (1998), O Jardim do Paço de Castelo Branco roteiro de uma vista de estudo (1999), Remoinhos , Ventos e Tempos da Beira (Org) (2000), Nossa Senhora do Carmo nas Alminhas da Beira Baixa (2001) Nossa Senhora da Azenha a Luz da Raia (2001), O Colégio de S. Fiel (2001),Elementos para a História da Misericórdia de Monsanto (2001), A Misericórdia de Medelim. Apontamentos e lembranças para a sua história. (2002), A procissão do Corpo de Deus de Castelo Branco (religião e poder politico elementos para o seu estudo) (2003) , O Horto de Amato Lusitano (2004), Capela do Espírito Santo de Castelo Branco. Elementos para o seu conhecimento, (2005). Co-Coordena com António Lourenço Marques os “Cadernos Medicina- Pré-História da Beira Interior “e faz parte do Conselho editorial da Revista de Cultura “Estudos de Castelo Branco”.

Há um texto da Drª Adelaide Salvado de 1971 que –vejam lá –já então trazia para o seu título a expressão - desenvolvimento regional. Aí referenciam-se muito as terras da Idanha. Premonitória geografia do sentir? Achamos que sim. Pois a Drª. Adelaide é uma autêntica idanhense de adopção apaixonada pelas suas paisagens e preocupada pelo devir destas terras de finisterra interior como gosta de dizer. Sem avenças, muito tem trabalhado com humildade e seriedade científica esta nossa Amiga.

Tem uma casa em Monsanto da Beira que considera o seu refúgio de escrita e espiritual e aí descodifica os nós e os laços entre os tempos, os homens e Deus.

PS - Não vai sendo altura da nossa Câmara Municipal proceder a um reconhecimento público da Drª Adelaide Salvado, como idanhense de adopção ao mesmo tempo que lhe reuniam os seus textos sobre as tantas realidades culturais das nossas terras?

PS - Em posts posteriores colocaremos alguns trechos de obras da Dr. Adelaide Salvado na net.

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7 de outubro de 2008

 

A careta


Para a história da defesa do património na região e dos seus principais actores oficiais e oficiosos, reproduzimos uma pequena entrevista ao Sr. Arquitecto José Afonso do Diário XXI, para todos os efeitos, ainda o director da delegação de Castelo Branco da Direcção Regional da Cultura do Centro, depois de ter sido quase uma década o responsável pelo IPPAR ( depois do tal fenómeno…).

Apresentado como “a cara da preservação patrimonial” – que raio de classificação - o nosso arquitecto deixa implícito variadas críticas ao novo modelo de gestão do património regional, comparando o de hoje como o do… antigamente.

Anuncia ainda que pediu a reforma por razões pessoais. Está no seu completo direito reformar-se depois de tantos anos de dedicação ao património nacional e regional. O Arquitecto Afonso soube muito bem compactar o espírito de missão patrimonialista do Estado como Delegado Regional de Cultura de Castelo Branco, com a direcção da delegação da Ordem dos Arquitectos do Distrito de Castelo Branco e com a bancada do Partido Socialista da Assembleia Municipal de Castelo Branco de que faz parte. Com tanta coisa, é normal que esteja cansado. Afirma que está muito doído com a situação de infuncionalidade – serve para pouco ou nada - a que este serviço público pago com o dinheiro dos nosso impostos, está sujeito com a nova orgânica …desconcentrada. Amigo Arquitecto Afonso não é falta de inteligência duvidar das certezas de certas pessoas. È de sábio. Quanto a caras ás vezes mais do que bajulices há gente que só entende as coisas quando nos seus carnavais de soberba politica e de burrice técnica são confrontados com uma grande careta…

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A casinha dos Patrimónios

Arquivo ERR@

Não é uma ficção nacional esta preciosa noticia saída vai para alguns de meses. A sua difusão impõe-se por uma questão de interesse. Foi, sem dúvida, uma das tarefas mais hercúleas a que alguma vez foi sujeita a Cultura da nossa região, digna de todos os louvores e de ficar registada nos anais dos tempos. Uma coisa do outro mundo, esta “concentração” dos serviços da Delegação de Cultura do Centro. Aquilo andava mesmo, mesmo desconcentrado lá pela capital do Mondego. Ele era papeis para lai e para acolá. Tanto assim que até havia, e segundo o sr. Jornalista, valências em Castelo Branco. Realmente, consta que havia por cá uma delegação do IPPAR cujo responsável foi o Sr. Arquitecto José Afonso. E dizemos foi, o nosso arquitecto beirão pois acaba de pedir a reforma. É no mínimo estranho pois o despacho 3351/2008, assinado pelo Senhor Professor Doutor António Pedro Couto da Rocha Pita ilustre Delegado Regional, nomeou director de serviços da delegação de Castelo Branco da Regional de Cultura do Centro, o licenciado José da Conceição Afonso. O nosso amigo arquitecto Afonso do ex-IPPAR – serviço reformado pela Prof. Drª Lima - possuía ( e citamos) “os requisitos legais exigidos, assim como a capacidade e a experiência profissional adequadas ao exercício de funções dirigentes, correspondendo ao perfil pretendido para o lugar». Ficámos todos descansados, apesar nos ter surpreendido o facto de a Delegação de Castelo Branco apenas ser «um serviço desconcentrado da Direcção Regional do Centro». A notícia dá nota de uma grande concentração “ sem sobressaltos” como indica o Sr. Delegado Regional, lá concentraram tudo o que dizia respeito aos Monumentos Nacionais e ao ex –Ippar albicastrense. Por cá, cá vamos cada vês mais concentradinhos na grande desconcentração da Nação

PS- Esperamos que tenham fechado a janela do segundo piso da sede coimbrã, situado bem no centro , mesmo ao lado do Jardim da Manga não vão desaparecer processos. Também não havia mal pois, deve andar tudo a ser desconcertado para a capital. Fazendo fé nas declarações do Sr. Arquitecto Afonso proferidas ao Diário XXI de 30 de Setembro “quem quiser mudar uma telha ou qualquer alteração num edifício tem de fazer um o pedido a Lisboa”. Lindo. Resta saber qual a tipologia das telhas permitida pelo IGESPAR.

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