29 de outubro de 2008

 

Onde estão os estudos sobre os conventos albicastrenses?


São poucos os estudos acerca dos conventos albicastrenses, trabalhos de fundo e sérios, para ser sincero não conheço nenhum, ao contrário do que se passa nos concelhos vizinhos de Idanha-a-Nova, Penamacor e Fundão. Acerca dos conventos de Castelo Branco têem-se escrito só banalidades seguindo todos os autores o que escreveu António Roxo em finais do século XIX. Para ser sincero há poucos estudos sérios sobre a própria cidade, há um manifesto déficite de investigadores e de resultados. Talvez no meio de isto tudo se salvem três nomes que me dizem muito. Manuel da Silva Castelo Branco, incansável e sempre aberto para ajudar; Maria Adelaide Salvado (a quem dediquei um post há pouco tempo) a formiga-trabalhadora e o Cónego Anacleto Pires Martins, para além de me ter baptizado, foi o rosto da bondade e trabalhador sem qualquer pretenção. Pela parte negativa também temos algumas ovelhas negras, que têm pretendido reduzir a história albicastrense, por encomenda a um mero, "não há nada", "o que existe não é significativo", etc. Enfim até parece que estamos a falar de historiadores oficiais do regime.
Voltando aos conventos, até quando durará o silencio?
Foto de uma lápide funerária de uma freira do Convento da Graça de Castelo Branco, cujo estudo está quase terminado e que será a minha próxima achega para a história do tema. Também já era tempo, já mexo nesta peça desde o afastado ano de 1982, se a memória não me atraiço-a.

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Comments:
O problema infelizmente não se resume apenas aos conventos... porque não é só a sua história importante, mas também o seu quotidiano e que vestígios este deixou.
A cidade foi esventrada por todo o lado e no concelho foram encontrados vestígios vários, mas para variar (e não só na pátria albicastrense, mas por todo o país) as publicações tardam.
Pior, algumas apresentam resultados dos trabalhos mas não mostram o que realmente apareceu, por vezes com a desculpa de que não foram publicadas outros contextos similares na cidade e que por isso não se pode fazer uma análise concreta.
Eu sei que mesmo a nível regional os contextos medievais e pós-medievais têm sido muito ignorados, mas é preciso dar uma pedrada no charco e mostrar a quem manda nos destinos da cultura do turismo histórico que sem compreender o ontem não se pode perceber o hoje e construir o amanhã!

E já agora, o novo projecto de parque urbano do castelo é um verdadeiro atentado ao património que ainda lá resta. Mais valia não fazerem nada...
E quem escreve isto é alguém que gosta mesmo muito do centro histórico de Castelo Branco (um dos mais ricos do ponto de vista patrimonial que conheço, e são muitos), mas que continua a vê-lo a ser destruído a cada nova "operação plástica" que lhe é feita!
 
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