27 de setembro de 2006

 

Quem acode ao freixo do rei Wamba?




















Consta que o rei visigodo Wamba tenha sido natural da Egitânea, o que se deve por em causa, pois isso não passa de mais um mito, no entanto ao longo dos séculos as pessoas foram arranjando coisas que justificassem a sua passagem por Idanha-a-Velha. Assim arranjaram-lhe um palácio numa casa quinhentista com um paredão romano de boa estampa. Arranjaram-lhe um bairro onde nasceu, denominado Guimarães, por certo para contrapor à cidade de Guimarães, outra candidata a albergar o nascimento de tão garbosa personagem. Mas o eposódio mais curioso prende-se com a lenda da vara que reverdejou. A descendencia dessa vara milagrosa encontra-se em Idanha-a-velha, só podia ser, na Tapada do Jardim a escassos metros do Ponsul. Mas como tudo na velha Egitânea também a árvore, um freixo, está ao mais completo abandono. Está a precisar de uma boa poda, senão morre. Nos anos 60 D. Fernando de Almeida decidiu pôr à sua volta uma cercadura de pedras de granito para a proteger e musealizar o espaço. Nessa cercadura mandou colocar uma inscrição, mandada fazer para o efeito, imitando uma lápide romana com os dizeres " VVAMBA / EGITANIENSE ", que segundo o Padre Joaquim Martinho, relator para Idanha-a-Velha das Memórias Paroquiais, aí estava, mas que entretanto tinha desaparecido. Pois, essa mesma cercadura está também hoje em ruínas e já cairam algumas pedras. Não sendo uma grande obra, não seria muito, pedir a quem de direito que promovesse o seu restauro, mas a quem? IPPAR? Câmara?Dono do terreno?Junta de Freguesia?. Por certo todos vão aproveitar para "impontar" para os outros tal responsabilidade. Também não seria escandaloso que limpassem a árvore. É um apelo que faço, espero ser ouvido (espero que não seja preciso sentar-me)
Vamos lá, mãos à obra...

26 de setembro de 2006

 

Mais um documento sobre o arqueólogo da Egitânea


Foto de D. Fernando de Almeida em Idanha-a-Velha no ano de 1959
Foto Arte de Martins & Barata (Castelo Branco)
Arquivo Pedro Miguel Salvado


 

Bibliografia básica sobre Idanha-a-Velha



As obras cujas capas se expõem, foram editadas já há muitos anos, mas ainda hoje são instrumentos importantissimos para qualquer abordagem à história da velha Egitanea. Ambos estão mais que esgotados há longas décadas. Não haverá nenhuma editora ou autarquia interessada na sua reedição? Seria um bom serviço à cultura e penso que financeiramente era um investimento que teria o devido retorno. Haja vontade...

25 de setembro de 2006

 

Afinal a exposição vem a Idanha-a-Nova ou não?

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Esta exposição, elaborada pela ARA com o apoio de diversas autarquias, propõe-se a divulgar 25 sítios arqueológicos emblemáticos da Beira Interior, viajando por diversos concelhos.

A estadia da exposição em Idanha-a-Nova estava prevista para a data compreendida entre os dias 15 e 28 de Janeiro de 2006, mas afinal a exposição não veio, ou será que foi uma exposição secreta, só para elites esclarecidas?

Mas afinal o que se passou?

21 de setembro de 2006

 

Mosaico romano na Beira Interior

Imagem do semanário O Interior


Segundo notícia do semanário O INTERIOR, apareceu na semana passada no arqueossítio da Coriscada (Meda), um painel policromado de mosaicos romanos datável dos séulos II ou IV DC.
Segundo o arqueólogo António Coixão " o mosaico policromado, com um medalhão central onde surguem os deuses Baco e Mercúrio... é parecido com um mosaico de Conimbriga, apresentando várias cores como o branco, cinzento-escuro e claro, avermelhado e rosa".

Temos de destacar a extrema importância deste achado, tanto pela sua raridade nesta zona do país, assim como pela sua riqueza a nível das cores e da composição. Na região sul da Beira Interior ainda só foram detectados dois locais com mosaicos, mas ambos ao que se sabe pobres. O mais antigo foi detectado na Quinta da Várzea (Idanha-a-Nova) por D. Fernando de Almeida e logo tapado. Ao que parece tinha motivos geométricos brancos e negros (nunca vi qualquer foto do mesmo, nem o local está devidamente identificado); o segundo local foi na villae dos Barros (Oledo, Idanha-a-Nova), fruto da escavação de Rogério Carvalho, também de temática e de fabrico simples. Estes mosaicos foram igualmente soterrados.

Curiosamente na Egitânia nunca apareceu qualquer tipo de mosaico, mas eles existiram, pois nas escavações por vezes aparecem tesselas

20 de setembro de 2006

 

Parte da epigrafia à mão de semear
















Por causa das obras a que vão submeter o Pavilhão da Epigrafia, retiraram do seu interior todas as lápides. Tudo correcto, só um senão, uma grande parte delas está ao ar livre numa localização imprópria à sua segurança. Por favor não facilitem, e tenham mais cuidado no manuseamento de espécimes museológicas, isto de ser tudo feito pelas máquinas não é bem assim.

18 de setembro de 2006

 

A reforma agrária também chegou à Egitânia

A freguesia de Idanha-a-Velha possui um regime de propriedade rural, onde praticamente todo o termo, apenas pertence a duas famílias: Marrocos e Franco. Propriedades estas provenientes das antigas comendas da Ordem de Cristo, entretanto privatizadas após a revolução liberal.

Em 1974, após o 25 de Abril, assistiu-se a um movimento que propunha a distribuição de terras por quem as não tinha e a formação de cooperativas e unidades colectivas de produção.

Idanha-a-Velha estando em situação igual ao Alentejo, não escapou a esta febre a que se chamou reforma agrária. No entanto a ânsia de espoletar esta reforma, afastou desde logo metade da população, e com razão, pois muita gente tinha pequenos chões à renda e mesmo esses foram desvastados pelos tratores dos reformistas. Depois de tirarem as terras aos donos, nada mudou na estrutura produtiva e organizativa. Tudo ficou igual, apenas mudaram os cabecilhas e como tal, progressivamente, a Cooperativa foi ficando mais leve em elementos até que auto-extinguiu. Ainda durou alguns anos, mas nunca foi motor de progresso para a terra, só serviu para encher os bolsos de meia dúzia.

Da Cooperativa Agro-Pecuária da Egitânia fica este raro autocolante para a história, mal contada e sombria da reforma agrária que se fez em Idanha-a-Velha.
Autocolante da colecção de Pedro Miguel Salvado

14 de setembro de 2006

 

Crime ambiental está a ser publicitado

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A associação, dita ambientalista, Outrém de Castelo Branco prepara-se para deitar centenas de garrafas de plástico aos rios da região. Dentro das garrafas estaram presentes mensagens ecológicas sobre o concelho de Castelo Branco.

Sinceramente, esta acção não deveria partir de uma associação deste teor, antes de uma associação de marketeers. Penso que é de avisar as autoridades que velam pelo ambiente no sentido de aplicarem coimas a quem seja visto a lançar garrafas de plástico no curso dos rios. Eu pela minha parte vou avisar a Brigada do Ambiente da GNR.

É só protagonismo o que esta gente quer, e quando falta a imaginação....Dá nisto.

13 de setembro de 2006

 

Mais um mamarracho na zona histórica albicastrense


E no sítio onde outrora estava um jardim romântico, sítuado entre a Rua Nova e a Rua do Cavaleiro, eis que surgue mais uma nóvel obra de betão para glória do seu mentor. Que se saiba não apareceu nada durante as enormes escavações, em plena zona medieval, nem um prego, nem uma moeda nem uma pedra trabalhada. A obra não pode ser atrasada. A cidade irá decerto desenvolver-se com obras de fachada deste teor. Caramba, não haverá tanto sítio para construir garagens subterrâneas? Como já me venho queixando, não se pode ser jardim ou espaço verde em Castelo Branco, qualquer dia marcha o Jardim do Paço, onde alguns atentados vão sendo perpretados. Todas estas obras com o olhar paternal e cumplice do IPPAR albicastrense, que nada faz, nada vigia, nada actua, somente existe para justificar alguns ordenados aos ilustres funcionários do seu quadro.

A foto abifei-a ao Stalker

12 de setembro de 2006

 

Lagar de varas em Idanha-a-Velha

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Mesmo ao lado da Sé encontra-se um lagar de azeite, ainda que não seja muito antigo (não chega a ter 100 anos) está muito bem restaurado e possui caracteristicas de lagares mais antigos. Nas iniciativas de revitalização das aldeias históricas este restauro deve ter sido das melhores acções que foram levadas a efeito. É muito agradável a visita ao mesmo, pena que não possua qualquer material didactico acerca do seu funcionamento. O material didactico que está disponivel é sobre o restauro. O visitante também se admira de este monumento estar de portas abertas e não haja ninguém para explicar ou somente para evitar algum desmando ou vandalismo, que felizmente ainda não aconteceu. Pena que o projecto não fosse acabado. Uma vez mais mais uma obra por acabar. Já era tempo de acabarem algo.

6 de setembro de 2006

 

Pela libertação dos sequestrados na Colombia













Já lá vão alguns anos que a candidata à presidencia da Colombia Ingrid Bettencourt foi raptada pelas FARC. Para grande espanto de todos essas mesmas FARC foram convidadas pelo PCP para estarem presentes na festa do Avante em Portugal. Esta situação criou mal estar em muitos presentes e actualmente está a decorrer uma campanha promovida pelos Blogs portugueses no sentido de exigir a libertação desta personagem, assim como de todos aqueles que se encontram sequestrados na Colombia.

Daquí neste meu cantinho do centro interior de Portugal, deixo o meu apelo e junto a minha às outras vozes.

Que recuperem depressa a liberdade.

5 de setembro de 2006

 

Ligas de Amigos

Com amigalhaços destes, mais vale ter inimigos.

4 de setembro de 2006

 

Filatelia arqueológica


Este era um tema muito querido do Marcos Osório do extinto Blog Arqueoblogo, que tantas saudades deixou. Aproveito a ocasião para dedicar este humilde post a esse meu tão Amigo Virtual, que tem andado desaparecido desde há uns tempos a esta parte.

Dia 22 de Junho de 2006 os CTT lançaram uma emissão filatélica dedicada à presença romana em Portugal. Os selos foram desenhados por José Brandão e Paulo Falardo. Da colecção constam 5 selos com motivos da romanização em território português: Mosaico do Hipocampo do Museu Nacional de Arqueologia e proveniente de S. Sebastião do Freixo (Leiria); Mosaico do Oceano de Faro; Templo de Diana (ninguém põe cobro a este mito) de Évora; Pátera da Lameira Larga do Museu Nacional de Arqueologia e proveniente da Aldeia do Bispo, concelho de Penamacor e por fim Herma bifonte do Museu Nacional de Arqueologia.

De notar a boa qualidade e bom gosto na escolha dos motivos e ao mesmo tempo notar com alguma estranheza que o pessoal dos CTT se esqueceram de Conimbriga (ainda bem). De realçar uma peça da minha região, a pátera da Lameira Larga, objecto esse componente de um tesouro descoberto nos principios do século XX na Aldeia do Bispo.

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