31 de outubro de 2007

 

Dos Vetões e dos LusitanosI: Os Sórs Doutores
















O que vamos expor poderá, à primeira vista, ser desprovido de qualquer interesse. Achamos que não. Se tivermos presente a recente paranóia das reais habilitações de alguns dos nossos políticos isto até se inscreve na mesma e, escusada, linha de promoção de inverdades académicas. É, mais uma do tipo da mulher de César … aplicado aos títulos académicos das pessoas. O habitual. Depois, nós é que só criticamos…

Como aqui se publicitou em seu devido tempo teve lugar em Cáceres e em Castelo Branco, entre os dias 22 e 23 de Outubro o Encontro de Arqueologia “Lusitanos e Vetões”, numa organização do Museu de Cáceres e do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior. Pensamos em breve contar alguma coisa sobre este evento que anunciado à escala ibérica ficou-se por uma coisa mais, enfim, lusitânica. Isto é mais ‘pequerrucha’ à escala mental de algumas das organizadoras. Voltemos ao caco símbolo do encontro: o cavalo do ginete. Ganharam como se sabe, a toda a linha, as hostes da Vetónia… madrilenha.

Mas o que queremos chamar a atenção é para esta curiosidade, chamemos-lhe assim, que vem editada no Boletim da Rede Portuguesa de Museus de Setembro. Na secção de encontros lá vem anunciado o encontro lusitânico-vetónico de, note-se de âmbito ibérico. O Programa apresenta uma originalidade face aos outros também publicitados os conferencistas convidados. Muito bem. E lá vem o Prof. Dr. Almagro Gorbea, o Prof. Dr. Marcos Osório (Parabéns Amigo), o Prof. Dr. Jesus Alvarez, a Prof. Drª. Maria João Sanches, o Prof. Dr. Jorge de Alarcão, o Prof. Dr. Manuel Sabino (Boa companheiro). Quem é que deu esta informação? Como é que isto é possível? Já havia os cursos superiores virtuais, as universidades de vão de escada, os mestrados divinos de em dois sitio ao mesmo tempo, faltavam agora também as associações de amigos de museus darem títulos académicos. Ou não foi? Era já só o que faltava. Da lista consta uma só pessoa que é tratado por Drª. É a Senhora Professora Drª Ana Margarida Arruda. Terá sido despromovida? Aqui fica o curriculum para memória futura. Que Trebaruna e Ataegina vos valha…

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30 de outubro de 2007

 

And the winner isssss.....















Combatendo a desertificação cultural é já amanhã que se realizam as provas de acesso para o preenchimento de um lugar de técnico superior de segunda classe da área de história, da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova. A todos os admitidos desejamos boa-sorte. Vai ser difícil ao Exmº Júri, representado pelo arqueólogo municipal Dr. José Cristóvão que agora se anda a especializar em tarefas burocráticas, escolher o lugar face ao gabarito de alguns candidatos. Alguns candidatos vêm de fora. Boa estadia a esses. Aos de cá espertamos que saibam receber os companheiros visitantes ou não seja a Idanha terra de turismo. Aos candidatos que já trabalham nas estruturas camarárias que não sejam cínicos e que, alguns, encolham a barriga…

PS – Publicamos esta lista não só pelo interesse sociológico da mesma como também por ser um documento interessante do que são os ditos concursos públicos para as Câmaras. A folha assinada pelo arqueólogo Cristóvão é também muito interessantes. Através dela ficámos a saber de todas as razões e mais alguma que excluem candidatos a estes concursos. Tss, tss. Então esqueceram-se de dirigir a coisa ao Exmº Senhor Presidente. Imperdoável! À Sr.ª. que nos enviou esta documentação o nosso bem-haja e boa sorte para a impugnação. Aliás basta uma queixa, justa e séria para se adiar o reforço técnico fundamental para a futura historiografia camarária.

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Bicentenário do nascimento de José Silvestre Ribeiro


Realizam-se dia 16 de Novembro, no auditório do Centro Cultural Raiano as Comemorações do bicentenário do nascimento do Conselheiro José Silvestre Ribeiro. Este personagem nasceu em Idanha-a-Nova a 3 de Dezembro de 1807.
Do programa constam as seguintes intervenções:
-José Esteves Pereira - O pensamento político em Portugal no século XIX;
-Francisco Lourenço Vaz - Livros e bibliotecas no liberalismo;
-Benedita Duque Vieira - As irmãs da caridade: os prós e os contras;
-Isabel Nobre Vargues - José Silvestre Ribeiro, um cidadão e um "homem de letras" no liberalismo;
-António Pires Ventura - José Silvestre Ribeiro, "bravo do Mindelo";
-Maria João Lopes Vieira - José Silvestre Ribeiro, um liberal nas ilhas.

O coordenador da Comissão executiva é o nosso Amigo António Catana, fazendo parte da referida Comissão: Álvaro Rocha, Armindo Jacinto, António Lisboa, Adelino Américo Lourenço, Américo André, António Lopes Pires Nunes, Graça Capinha, Manuel Rijo, Maria Adelaide Neto Salvado e Mário Raposo.

Em boa hora esta homenagem e este filho ilustre da terra, porventura o mais conhecido, e fazemos votos para que as lições do passado não sejam esquecidas.
Na sua terra natal, Idanha-a-Nova, a cuja biblioteca deixou os seus 1600 livros, infelizmente hoje quase todos desaparecidos, o seu nome é também recordado na toponímia, sendo-lhe dedicada uma rua, e foi adoptado como patrono da sua escola secundária e do agrupamento de escolas que serve o concelho. Está planeada a construção de um monumento que marque o segundo centenário do seu nascimento. Lisboa, Funchal e outras povoações madeirenses também o recordam na sua toponímia.

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22 de outubro de 2007

 

Tutankamon morreu devido a acidente de caça



Tutankamon, o jovem faraó que reinou entre 1333 e 1324 a.C., terá morrido ao cair de uma carruagem quando caçava no deserto, segundo as conclusões de cientistas divulgadas num documentário que o Canal 5 da TV britânica emitirá terça-feira.

Retirada do Diário Digital

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Convento de S. António de Penamacor


Vai ser lançado no próximo sábado, dia 27, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Penamacor a obra O convento de S. António de Penamacor: um contributo para a sua história, da autoria de Hélder Henriques.
Fazemos votos de que se trate de um bom estudo, pois este é um monumento que nos interessa de sobremaneira, já que possui algumas inscrições portuguesas, sobre as quais já nos debruçamos há algum tempo.
Já agora devo referir que em Agosto passado me desloquei a Penamacor e não me foi possível visitar o convento, alegadamente por o chefe da Misericórdia não dar ordem para tal às funcionárias. Ás vezes o património não deveria estar em certas mãos......

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18 de outubro de 2007

 

Visitantes








Veio, num órgão de comunicação, cá da região esta informação. Ainda que isto da vitalidade dos museus não deverá ser medida pela quantidade de visitantes, lamentamos essa realidade. Haverá, é claro, causas muito diversas para que tal aconteça. Desde logo a programação… Pela nossa parte, encaminhamos sempre o pessoal para lá ou não tivéssemos trabalhado nessa instituição tantos anos. Entretanto fazemos aqui um apelo para os amigos (contam-se por centenas) da instituição, principalmente os que se encontram organizados na prestimosa associação, que comecem a visitar o Museu, acompanhados sempre de um familiar pagante. Era uma grande ajuda para a estatística da instituição que amanhã inaugura uma interessante exposição de têxteis (cuecas, fatinhos, ceroulas, etc, etc) do passado, autêntico património do presente e do futuro que decerto levará, centenas de pessoas a ultrapassar o portão do velho palácio episcopal para contemplarem estas peças e as nossas maravilhosas colchas.

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Pontinha


Reproduzimos mais um documento afim de ser anexado ao processo virtual das obras da ponte de Segura. Desta feita é a versão saída no jornal Reconquista, de 18 de Outubro, periódico que se publica em Castelo Branco. A notícia ocupa espaço da página de dedicada à cidade. Vale a pena ler, a começar pelo título. «IPPAR contra…» Pensávamos que o instituto tinha sido extinto mas para alguns não. Saudosismo… patrimonial da instituição? Quiçá. È verdade que na peça se especifica que apresentam declarações do ex director regional do Ippar, Sr. Arquitecto José Afonso. Perguntamos. o Arquitecto é ou não é o actual responsável pelo Igespar - Castelo Branco?

Depois há algumas questões levantadas por uma leitura atenta das declarações proferidas pelo Sr. Arquitecto. A primeira é a propósito do tipo de materiais que foram utilizados na deficiente operação de consolidação. Diz o arquitecto que devia ter sido usado «o memos tipo de cimento que era fabricado pelos romanos». Ficamos muito contentes pelo Sr. Arquitecto, saber fazer o “opus signinum” utilizado cá por estas bandas do Império por volta de fins século I. Deve te sido alguma investigação recente que vivamente saudamos. Mas nas declarações há muito mais coisa deveras interessantes como esta sentença. «A legislação nestes casos devia ser mais simples e o Estado devia actuar mais depressa quando se detectam os problemas». Se isto tivesse sido proferido por um novato recém-nomeado, que achasse que o Ippar não é Estado, ainda entendíamos…Era um boy. Mas não é o caso. O Sr. Arquitecto Afonso é, nestas coisas da defesa do património regional pelo menos as do eixo da A23, um autêntico dux veteranorum. Um dux, pago com os nossos impostos, sempre atento dentro das suas reais possibilidades, a todos os atentados ao património classificado. É um cargo de poder de nomeação politica e é Estado. Ou não será assim? Pois nisto das leis do património, as do passado e as do futuro, e do seu incumprimento ou inexistência, não é só uma questão de pedras ou de cimentos. É sempre uma questão de qualidade, principalmente, técnica, de saberes e de verdadeiras vontades em mudar. Nunca gostamos muito da frase que adaptamos e que diz ser preciso mudar alguma coisa para ficar tudo na mesma. O Ippar é igual ao Igespar?

PS - Também exerce a dúvida metódica: http://ml.ci.uc.pt/mhonarchive/archport/msg02136.html

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16 de outubro de 2007

 

Pontadas

Pontes romanas já não há muitas e, como se isso não bastasse, as que temos vão sendo adulteradas. A Ponte de Segura sobre o Rio Erges (Idanha-a-Nova), onde ainda hoje se passa de automóvel entre Portugal e Espanha, recebeu umas sapatas de cimento durante as recentes obras de beneficiação lançadas pela empresa Estradas de Portugal.
A estrutura romana sobreviveu a séculos de danos, em que os mais graves obrigaram à reconstrução do tabuleiro, no século XVII. Mas no século XXI parece não ter havido clarividência para evitar cobri-la com cimento, indispensável nas obras modernas, mas um “veneno” que corrói a pedra das construções antigas, segundo José Afonso, director regional do ex-Instituto Português do Património Arquitectónico (IGESPAR). Hoje cimentamos uma ponte romana, no futuro alguém achará melhor reparar Conimbriga com betão e civilizações que nos sucedam vão achar que os Jerónimos também ficam melhor com cimento. Ah, talvez não, porque são monumentos classificados. Coisa que a Ponte de Segura não é.
Segundo José Afonso, é difícil classificar a ponte, porque é preciso reunir uma série de entidades dos dois países! Há 30 anos atrás talvez assim fosse. Hoje, numa madura União Europeia, mais parece que ainda não houve foi vontade política que se preocupasse a sério com o assunto. Além do mais, o facto de o património não estar classificado não justifica que esqueça a cidadania e não se oiça quem deve (como o IPPAR).
Mas, por outro lado, já alguém tinha ouvido falar da ponte romana de Segura antes deste episódio (que foi manchete de segunda-feira no Diário XXI)? Onde está o turismo cultural, o interesse pelo património, a valorização de um bem secular - como são Conimbriga e os Jerónimos? As sapatas de cimento não lhe ficam bem, mas o desprezo da comunidade para com estas obras também não ajuda.
Luís Fonseca


A “questão” da ponte luso-espanhola de Segura continua a provocar e a levantar várias atitudes, comentários e interrogações. Desde logo, há já algo de muito positivo no despoletar da difusão da notícia da danosa intervenção a que a ponte se sujeitou: a ponte romana de Segura deixou de ser uma ilustre desconhecida para alguns que se consideram grandes ‘especialistas do património regional.

Foi um ganho substantivo. Por outro lado, identificou-se a completa descoordenação e desgoverno entre a administração local e administração central a que o património da Beira Interior está sujeito. A palavra é mesmo esta - desgoverno. Repetimos: No âmbito da defesa e da preservação do património construído na Beira há um completo desgoverno! E no resto do País?

Neste caso, alguns dirão olha, olha, a ponte é internacional, logo a culpa também é dos espanhóis. É verdade! O descuido também foi da administração espanhola, da Junta da Extremadura. Não deixa de ser estranho, nomeadamente no concelho de Idanha-a-Nova, com tanta e tanta ‘cooperacion’ (com subsídio, sem subsídio, institucional, indivídual, de dia, de noite…) que, nas últimas décadas, por aqui tem acontecido. Com tanta gentinha a cooperar na cultura, no artesanato, na arqueologia, na economia, na geologia, na arte, na gastronomia, etc, etc, nunca ninguém se lembrou da Ponte de Segura, quer quanto ao seu valor patrimonial , quer quanto ao seu valor turístico? Sim, claro. Alguns (poucos) lembraram-se. Por exemplo, e entre outros, o arqueólogo da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, José Cristóvão num trabalho sobre as pontes romanas do concelho, publicado num número da revista Adufe. Também, e temos constância disso, a ponte e a sua musealização, foram abordadas, em 1998, em Cória, numas jornadas sobre o património raiano a que assistiram e participaram vários técnicos e políticos da região. Um destes dias, recordaremos, alguns desses eventos de ‘cooperacion’ patrimonial. Por outro lado, a ponte de Segura possui um referencial bibliográfico considerável consultável por qualquer pessoa que se dedique a estes assuntos. São dezenas de títulos onde o monumento se encontra referenciado. Daí ser de estranhar o autêntico deserto que é a sua presença no Endovélico, do Instituto Português de Arqueologia.
Ora este facto impossibilita qualquer atitude de descoberta da ponte, como andam por aí algusn a dizer..

Sejamos justos e honestos. A Câmara do nosso Concelho tem feito um notável esforço e investimento na divulgação das nossas riquezas culturais. A defesa do património é uma batalha continuada e firme. E isto da ponte, é claro que incomodará muita gente do executivo. Não foi a melhor solução ao nível de preservação patrimonial. Os especialistas que se pronunciem. MAS , atenção. A ponte de Segura estava em iminência de cair. Isto é que a verdade.

Já a atitude manifestada ao Diário XXI pelo Director do Igespar, o arquitecto José Afonso, é que é de estranhar.

Contactado pelo Diário XXI, o director regional do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico (IGESPAR), José Afonso, considerou “gravosa” a intervenção, mas lembrou que a instituição que dirige não tem competência para impedir os trabalhos. “A Ponte Internacional de Segura está sob a alçada do Instituto de Estradas de Portugal e da congénere espanhola”, disse o responsável, que acrescenta: “A ponte não está classificada, não obstante de ser uma construção romana”. “O processo de classificação é muito, muito complicado por envolver dois países”, explicou.
José Afonso promete levar o caso às instâncias superiores do IGESPAR. “Vou levar o caso à direcção do IGESPAR, mas tenho a consciência de que pouco poderemos fazer, visto que o monumento não está classificado”, concluiu.

Pois é. Para quem anda tão ocupado, e bem, com o património ‘eurístico-turístico, o património não classificado é outra coisa. E depois essa coisa das competências. Daqui a pouco estamos a perguntar afinal para que é que serve? Olhe dê, ou mande dar aos seus técnicos, um salto até à aldeia de Segura, principalmente à sua zona histórica que é centralizada pelo pelourinho manuelino ou aos vestígios da fortaleza raiana que antigamente dominava a aldeia. Hoje são os mamarrachos que a dominam.

Aqui fica o regime de protecção não vá o restauro do cimento continuar.

Protecção

IIP, Dec. nº 23 122, DG 231 de 11 Outubro 1933

Protecção

IIP, Dec. nº 42 255, DG 105 de 08 Maio 1959

Os “passeios turísticos”ao longo da A23 são mais rápidos ou as reuniões das rotas são mais aliciantes e frescas. Afinal Segura fica longe. Pois é, pois é.

PS: Bem haja jornalista Luís Fonseca pelo pertinente editorial.

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10 de outubro de 2007

 

A POUCO SEGURA PONTE de SEGURA


Já foi encontrado o responsável pelo dito atentado patrimonial de que foi recentemente alvo a milenar ponte de Segura. Trata-se da empresa «H-Tecnic». Mas a tão danosa intervenção foi o resultado do concurso público nº 641/2005/EMP/DECTB EN 355-1 - Ponte internacional de Segura sobre o rio Erges - reabilitação e reforço estrutural. ».

Trataram-se de obras perfeitamente legais. Contudo algumas interrogações nos surgem:

1º Quem é que encomendou as obras da ponte? A Câmara Municipal de Idanha-a-Nova? As Estradas de Portugal?

2º A ponte que é internacional está sujeita a algum regime de classificação patrimonial?

3º A Câmara Municipal de Idanha-a-Nova não sabia da empreitada? Ou nem sabe de que se trata de uma VERDADEIRA ponte de origem romana?

Isto é grave tendo em consideração que a CMIN tem ao seu dispor pelo menos dois arqueólogos que pelo resultado ignoram o que sucede ao património do nosso concelho.

Temos mais algumas questões. Por agora chega. Mas que isto é muito mau para uma imagem positiva e responsável da Cultura e para o Turismo do nosso querido concelho de Idanha-a-Nova é. A não ser que seja tudo a brincar…

Entretanto, transcrevemos um comentário publicado pelo Carlos Boavida no Archport : « Há poucos dias visitei a ponte de Segura, como é conhecida na região da Raia Beirã, recentemente "restaurada", como constatei. A estrutura foi integralmente limpa e encontra-se tão imaculada como nos tempos em que foi construída.
No entanto, houve um facto que chamou a minha atenção, as sapatas dos pilares foram acimentadas de forma irreversível, muito acima da superfície das águas do Erges. Desconheço os tramites do processo, mas acho que talvez fosse possível fazer a manutenção desta estrutura de uma forma menos atentatória.
Por outro lado, lamento que esta ponte, parte integrante da antiga estrada romana Mérida-Braga, com passagem por Alcántara (a poucos quilómetros do local), raramente seja mencionada como ponte romana nos roteiros turísticos da região e que inclusivamente não exista nenhuma informação sobre a mesma no local.».

Que o pessoal (são tantos e tantas) do turismo da autarquia idanhense responda. Quanto à desgraçada ponte, solidariedade entre nós, técnicos e investigadores descomprometidos com a “cloaca”. Segura é das raras pontes romanas de PORTUGAL. Metade, ainda é, acho, NOSSA.

PS-O nosso amigo Sr. arquitecto José da Conceição Afonso, ex-director do IPPAR , agora ‘grande chefe ‘ do IGESPAR sabia ou não de mais este notável melhoramento do património raiano. E já agora porque não outra rota? A rota das pontes restauradas.

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PLATEIA MENOR. MAIS RECIPROCIDADE


Começaram a circular por aí as conclusões e as considerações finais das «1as Jornadas do Património Histórico-Cultural e Arqueológico do Distrito de Castelo Branco» que tiveram lugar em Vila de Rei, no Auditório Municipal Monsenhor Dr. José Maria Félix, numa organização da Câmara Municipal de Vila de Rei. Depois vá se lá saber as razões a coisa foi inserida nas Jornadas Europeias do Património 2007, lançadas pelo IPPA, este ano sob o mote “Património em Diálogo”. Diálogo não terá lá havido muito. A coisa foi mais pró monólogo…

É que, e segundo a nota de imprensa da Exmª Autarquia http://www.cm-viladerei.pt/: « A adesão foi inferior à esperada, cerca de 50 pessoas para um total de 20 oradores, mas nem por isso menos interessante. Segundo uma das oradoras, Dr.ª Sílvia Moreira, o número reduzido de assistentes é até benéfico. “Prefiro que haja uma plateia menor. Considero isso bastante positivo, pois assim conseguimos trocar mais ideias. Aprender mais. Há mais reciprocidade”.

Ora aqui está uma consideração extraordinária que só corrobora, afinal, a inutilidade do evento.

A Sílvia Moreira, em colaboração com o Dr. Leonel, um dos variados especialistas da jóia barroca albicastrense, foi a representante da Câmara Municipal de Castelo Branco, com uma comunicação sobre o sistema de rega do antigo Paço episcopal. Daí ser muito interessante o registo desta justa e sábia consideração. Ficamos é sem saber se a Sílvia Moreira terá recebido ajudas de custo pela sua presença neste importante evento. Se não recebeu achamos que é justo que receba. Afinal ir até Vila de Rei, afim de falar para uma plateia virtual dos ‘surprendentes’ como escreveu no resumo da comunicação, canos do jardim, dá muito trabalho. Assim que como boa e zelosa funcionária pública as considerações da nossa querida conhecida Sílvia Moreira, dizem tudo: para a proxima e ao nível dos patrimónios não vão, telefonem. É mais barato e acima de tudo «mais reciprocidade». Pois, pois, como diz o outro. PLATEIA MENOR, MAIS RECIPROCIDADE. Fantástico. Fantástico.

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8 de outubro de 2007

 

Atentado contra a ponte romana de Segura

A Associação de Amigos da Via da Prata, sediada em Zamora, denunciou no diário Hoy que se está cometendo um crime contra o património cultural luso-espanhol, nas obras de recuperação da ponte romana, internacional, de Segura. Segundo o que se pode ver estão cobrindo com cimento armado várias fiadas dos pilares e talhamares da referida ponte.
Não sei o que pensar. Será que as autoridades que zelam pelo património sabem disto? O que é feito do IGESPAR do IPPAR ou sei lá do quê?????
Será que as autarquias sabem do que se está a passar?
O que se está a passar para haver tanto silêncio?
Estarei a ter um sonho mau?

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4 de outubro de 2007

 

MAIS JORNADAS



Outro evento, desenrolado na região, relacionado com a ciência arqueológica foram as intituladas «I Jornadas de Arqueologia da Beira Interior». Entre os dias 27 e 30 de Maio, de 1991, arqueólogos, investigadores e historiadores apresentaram as suas comunicações e estudos em Castelo Banco, em Idanha-a-Nova e na Guarda ou não fossem as jornadas ditas da Beira Interior. Prevaleceu a lógica de investigação territorial baseada na Beira Interior, abandonando-se a Beira Baixa?. Critérios. Muita coisa se tinha, efectivamente, alterado desde as “I Jornadas Arqueológicas da Beira Baixa”, de 1979, que não tiveram lugar, como alguém escreveu, na Casa de Cultura da Juventude de Castelo Branco mas sim na Assembleia Distrital de Castelo Branco. Pormenores ou talvez não. A estas jornadas de 1979 voltaremos um destes dias.

Durante toda a década de oitenta o território da Beira tinha continuado a ser, devidamente, investigado e prospectado. Avançou-se muito no conhecimento arqueológico real da Historia da presença da humana na região. Da Pré-História, ao período romano, da Idade Média à Epigrafia Latina, passando pela arte pré-e proto-histórica as investigações continuavam. Ora não é esta tendência que os organizadores admitem ter existido. Bem pelo contrário. A comissão organizadora considerava, mesmo a 27 de Maio de 1991, que «A escassez… Pois não foi bem assim, cara Comissão. Terá sido a ignorância ou outras razões, até imaginamos quais é que terão sido, que levaram a equipar o abandonado museu do Fundão com o museu Tavares Proença? Mistérios da Srª. Secretária das Jornadas Drª. Clara Vaz Pinto, com apoio da comissão científica? Como é que isto tudo foi possível é que não dá para entender. Mas não nos vamos, por agora, estender muito. A maneira como eu e alguns companheiros fomos tratados pela comissão organizadora foi incrível. Propagavam que essas jornadas seriam a marca. Antes delas não tinha havido nada. Tinha sido o deserto. E, agora é que era… Mas não foi. Nem ao nível arqueológico nem quanto à museologia arqueológica. A este nível foi mesmo o grau zero. Talvez seja melhor e a bem da saúde mental e da ética profissional, não recordar e tentar esquecer. Que diabos quem é que hoje se lembra que não deste nenhuma autorização para os materiais que recolhemos no S. Martinho serem estudados (e manipulados) por outras, como foi o caso. A soberba dominou as dotas cujas comissões e valeu tudo. Destruíram tudo ou quase, como foi o caso do solo de habitat paleolítico que para os conhecimentos da Exmª. Comissão organizadora não valia nada. Os tempos eram outros, a antiga ética enterrou-se de vez, ficaram as, orgulhosas, memórias as minhas e a dos meus Amigos.


PS - Este “inventário” não pretende ser um complemento ao iniciado por Luís Lourenço, que faz questão em se apresentar como (Licenciado em História: ramo científico), da Casa Comum das Tertúlias. Tivemos ocasião de o conhecer pessoalmente e de trocarmos algumas impressões na passada semana em Castelo Branco. É engraçado não deu para entender se é ou não do ramo científico. Mas que no inventário do Luís, abundam os doutores lá isso abundam…Cientistas ou não?

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Mais, jornadas, colóquios, encontros e afins






















Continuamos o inventário de todos os eventos realizados nas últimas décadas na região, onde as temáticas da defesa do património, da arqueologia e da História regional, tenham sido a dominante dos trabalhos.

Referenciamos, hoje, o «1º Encontro Regional de Associações de Defesa do Património Cultural e Natural” do distrito de Castelo Branco», que teve lugar na Casa da Cultura da cidade albicastrense, entre nos dias 17 e 18 de Dezembro de 1983. Era uma reunião alargada que se impunha face às diferentes linhas e projectos de investigação que então surgiram A diversidade de grupos e de associações que desenvolviam actividades e que operavam neste território foi uma realidade, algo que mereceu atenção num artigo do meu amigo Caninas que, um destes dias, reproduziremos. Havia as associações mais de investigação arqueológica e as de natureza mais patrimonial. O GEPAA (Grupo de Estudos para a Protecção Artístico-Arqueológica), sedeado em Castelo Branco, encontrava-se na segunda tipologia, ainda que desenvolvesse igualmente trabalhos de natureza arqueológica. A defesa da zona histórica albicastrense foi o seu principal objecto de preocupação. A propósito deixo aqui o seguinte apelo: Pensamos começar a inventariar os trabalhos e iniciativas desenvolvidos pelas distintas associações então existentes no distrito. Pensamos que este inventário será de alguma utilidade para a História da Arqueologia da região. Assim que agradeço todas as informações, noticias e sugestões. Fico à espera.

O Encontro foi amplamente participado pelas representações de associações e investigadores oriundos da Covilhã, da Idanha de Penamacor. A Comissão organizadora englobou apenas os seguintes elementos do GEPAA: António Carvalho, António Joaquim Pereira Nunes, António Cabral, Manuel Domingues Gonçalves, João Barata e Pedro Salvado. Não saíram actas. Guardamos o cartaz do evento onde o arquitecto João Baltasar, então estudante, desenvolveu uma interessante não leitura do edifício do Paço episcopal de Castelo Branco. O edifício é barroco. Mas e se fosse neo-clássico? Eram temas muito do gosto do Pedro Salvado que então andava preocupado com os limites dos patrimónios e das suas relações com a sociedade envolvente.

PS- O António Carvalho, é hoje o vereador da oposição da Câmara de Castelo Branco. Interesses e preocupações precoces ao contrario de outros que só agora é que ‘descobriram o património.

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2 de outubro de 2007

 

Fonte do Arco em Idanha-a-Velha

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ADEUS, IDANHA-A-VELHA
BEM PUDERAS SER COLÉGIO!
A ÁGUA DA FONTE DO ARCO
TEM FAMA NO ALENTEJO


Esta quadra encontra-se no Cancioneiro Popular Português coligido por Leite de Vasconcelos.
Por acaso não a conhecia, mas conheço a Fonte do Arco, que se encontra a algumas centenas de metros a sul de Idanha-a-Velha no meio de um intenso silvado à espera de melhores dias. Nem o facto de a sua àgua ser famosa no Alentejo a safou à incuria do tempo e dos Homens. Diga-se de passagem que nem sequer dá água pois foi activamente o seu interior aterrado. A génese deste monumento, estamos crentes, foi o século XVI, de que existia brasão do tempo de D. Sebastião na pedra de fecho do arco. Infelizmente até essa pedra já caiu (felizmente esta não foi vendida e está por enquanto em segurança). As Memórias Paroquiais falam-nos da existência de arcarias no seu interior e de umas obras de restauro no século XVIII.
Voltando à quadra, não sei onde pudera ser colégio, só se fosse no casarão da familia Marrocos, mas para aí parece haver outros planos.

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