26 de julho de 2006

 

Para quando a variante a Proença-a-Velha?

Matriz

Já sabemos que o Estado está sem cheta para construir a IC 31, que ligaria a A23 à fronteira de Monfortinho, embora haja dinheiro a rodos para reformas milionárias e novos aeroportos, missões militares no estrangeiro e sinais exteriores de riqueza por parte de todas as equipes governamentais. Este IC 31 encurtaria de maneira significativa a ligação Lisboa a Madrid e traria a esta região tão despovoada e marginalizada uma nova lufada de ar fresco. Mas como não iremos ter IC 31 tão depressa temos de nos contentar com aquilo que já existe e renovar e arranjar o que for possível. É o caso da passagem por Proença-a-Velha da estrada nacional que vai em direcção a Termas de Monfortinho/Monsanto/Idanha-a-Velha, etc. Dentro da povoação o trânsito é feito a medo e se aparece algum camião então é o fim da picada. Desde sempre ouvi falar na variante a esta terra, e sempre fiz conta que esse problema ficasse resolvido com a construção do IC 31. Mas não. Vamos ter de continuar a ter de passar por dentro de Proença.
Em tempos em que se falava de fazer uma variante, houve pressão dos habitantes para que tal não fosse feito, para não desertificar ainda mais a freguesia e retirar alguma fonte de rendimento aos comerciantes, mas hoje não existe qualquer tipo de comércio nesta terra. Nem sequer se pode tomar um café, dado não existir nenhum estabelecimento de restauração, nem uma simples Tasca. Dentro da povoação assiste-se à colocação de rampas, na faixa de rodagem e nas valetas, para acesso a garagens, acção esta ilegal e que dificulta a passagem dos carros, mas ninguém repara, ninguém.

Assim espero chamar a atenção das pessoas para este verdadeiro estrangulamento nesta via e esperaria soluções, embora com pouca esperança

24 de julho de 2006

 

Prospecção arqueológica

Por esta altura é tarefa madrasta efectuar prospecção arqueológica. Existem muitos factores que condicionam a sua prática, a começar pelo calor que se faz sentir até à cobertura vegetal que ainda cobre os terrenos. No entanto, por vezes há sorte como aconteceu perto de Monsanto da Beira num passeio sem qualquer intuíto prospectivo, mas quando menos se espera, aparece algum vestígio. Assim ia-mos caminhando por um caminho rural quando no meio dessa via começaram a aparecer restos de tégulas e outras cerâmicas romanas. Em volta o campo está coberto de pasto seco com alguma altura. Ao reconhecermos os vestígios, entranhamo-nos pelo meio do pasto onde fomos identificar mais cerâmicas e pedras afeiçoadas, Assim sem querer foi identificado mais um arqueossítio a que denominamos Sebes Rotas por ser o topónimo mais próximo. Vejam as fotos a seguir.
Vista geral do arqueossítio

Pormenor do caminho e dos cacos

Vista do caminho e do pasto em redor

21 de julho de 2006

 

As Instituições e as esmolas

Por terras de Idanha-a-Velha, também já se vai observando alguns sinais de "progresso". Há dois dias atrás duas jovens entram pela casa de um idoso fazendo-se passar por elementos dos bombeiros voluntários de Idanha-a-Nova que andavam a fazer um peditório. O velhote lá lhes foi dizendo que a vida estava má, mas se era para os bombeiros sempre dava qualquer coisa. Meteu a mão no bolso, tirou a carteira e de lá retirou 5 euros que entregou a uma das moças. Só não estava à espera que a outra num movimento brusco lhe arrancasse a carteira da mão e ambas as moçoilas saíssem disparadas porta a fora. No exterior um carro branco as esperava e no qual desapareceram em poucos segundos. Na carteira haveria cerca de cinquenta e tal euros, não era nenhuma fortuna, mas é capaz de fazer falta ao Ti João.

No meio de tudo isto pergunto-me o porquê de Instituições como os Bombeiros andarem à esmola de vez enquando. Se a sociedade quer ter Bombeiros tem de os sustentar e os controlar. Acho pouco digno os Bombeiros andarem a pedir porta a porta (quando andam), acho que deve ser humilhante para eles próprios e serve de mobil para espertalhões como os actuantes em Idanha-a-Velha.

Numa sociedade que se diz avançada acho muito mal os peditórios para Instituições, até a recolha de alimentos em hipermercados, etc. Se por um lado penso que o tempo da esmolazinha já deveria ter acabado, também sou consciente que muitos dos fundos e produtos arranjados por estes métodos, geralmente não chegam a quem deveriam chegar.

Esmolas? Não Ofertório, e só na Igreja e para a Comissão de Festas (também depende das caras).

18 de julho de 2006

 

Museu Lapidar Egeditano (ex-)

Antiga capela de S. Sebastião à entrada de Idanha-a-Velha. Neste edifício funcionou um depósito de materiais arqueológicos a que se pôs o pomposo nome de Museu. Mesmo assim é um espaço que faz falta no marasmo expositivo da antiga Egitânia. Quando melhores tempos viram?

14 de julho de 2006

 

Alcantara


Bom fim de semana, que vêm aí altas temperaturas, mas à beira da água decerto se está melhor. Esperemos....

 

Adufe 09





Saiu mais um número da revista cultural de Idanha-a-Nova, Adufe. Conta com as participações do costume e com um bom aspecto gráfico. De salientar a boa qualidade da maioria das fotografias e o artigo dedicado ao arquitecto Marçal Grilo.

12 de julho de 2006

 

Pombal de luxo


A imagem documenta o edíficio destinado a ser o pombal, dos pombos do terra-tenente de Idanha-a-Velha. A sua construção foi efectuada nos anos 50 do século passado, mas não acabada por motivo desconhecido, aliás só faltava acabar de telhar o telhado. Ante tal sintoma de riqueza e de ostentação só me resta desabafar que na altura até os pombos viviam melhor que os campónios de Idanha-a-Velha. Esses sim eram as bestas e os animais. Hoje este edifício alberga algumas famílias de enormes corujas. Será que devemos mudar-lhe o nome para corujal?

11 de julho de 2006

 

Toledo. Destruições à vista na capital visigótica

Soubemos através da Archport desta situação.

Sinceramente, eu pensava que nuestros hermanos eram mais cuidadosos com estes aspectos. Se a situação fosse em Portugal nem me admirava minimamente, mas em Espanha, pátria da Missión Rescate da minha infância, seria impensável. Mas mais uma vez os interesses especulativos e politicos parecem sobrepor-se aos culturais.
Recorde-se que Toledo foi capital do reino Visigodo nos séculos VI e VII e lá estão enterrados a maioria dos monarcas, incluindo Wamba, patrono deste Blog.

Deste cantinho sem importância e sem qualquer poder, a não ser o da indignação e da informação mando o meu voto de solidariedade para los hermanos españoles na sua luta contra este atentado monstruoso e inconcebivel.

6 de julho de 2006

 

IPPAR cancela abertura do túmulo do fundador

Estava marcada para as 17h00
IPPAR cancela abertura do túmulo de D. Afonso Henriques

06.07.2006 - 13h36 PUBLICO.PT

O Instituto Português do Património Arquitectónico cancelou a abertura do túmulo onde estão depositados os restos mortais de D. Afonso Henriques, em Coimbra, que estava marcada para as 17h00 de hoje, disse ao PÚBLICO o assessor de imprensa da ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima. Nélson Lopes avançou que as razões desta decisão vão ser explicadas num comunicado a divulgar nas próximas horas.

Isto é que é apoio à investigação, não é? Cheira-me a fundamentalismo religioso ou piegas


 

Túmulo de D. Afonso Henriques será aberto hoje

Várias especulações sobre estatura de D. Afonso Henriques
Cientistas vão abrir hoje em Coimbra o túmulo do primeiro rei de Portugal

06.07.2006 - 10h17 Teresa Firmino , (PÚBLICO)

Através de um pequeno orifício no túmulo de D. Afonso Henriques, na igreja do Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, a investigadora Eugénia Cunha introduziu um aparelho médico, um endoscópio, para espreitar lá para dentro. Viu duas pequenas urnas de madeira, uma sobre a outra, muito degradadas.

"O espaço é amplo e no centro estão as urnas. O fundo do túmulo é composto por pedra", conta a bióloga e antropóloga forense da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Hoje vai poder confirmar o que observou em Abril, e talvez muito mais, quando às 17h for aberto o túmulo do primeiro rei de Portugal.

Continue a ler a notícia.

Também o túmulo do rei Wamba foi a berto no século XVI, por ordem de Filipe I de Portugal

5 de julho de 2006

 

IHS

Foto do lintél de uma porta da Rua dos Ferreiros em Castelo Branco (Foto de António J. V. T. Bispo)

Em post recente o Amigo Albino Cardoso deu a conhecer uma inscrição de Algodres com os dizeres IHS. Punha também a hipótese de a peça, encontrada na torse de um palheiro, estar relacionada com cristãos-novos. Em tempo comentei no seu Blog, deixando a promessa de que diria algo mais sobre o assunto no meu sítio.
Assim IHS é um antigo monograma em que aparecem a três primeiras letras do nome de Jesus. A forma mais latinizada deste deu, por desenvolvimento I= Iesus; H=Hominum; S=Salvator. Santo Inácio de Loyola adoptou este monograma como emblema dos Jesuítas.
Em epigrafia portuguesa é muito comum aparecer este monograma, que em meu entender, quando aparecido isolado apenas quererá dizer que o imóvel será, eventualmente, pertença da Companhia de Jesus; quando integrado num texto epigráfico mais extenso, quererá revelar a ligação do personagem a esta Companhia.
Embora compreenda a tendência do Amigo Al para trazer este monograma para a área do judaísmo, creio não haver qualquer fundamento para o fazer, até provas em contrário

4 de julho de 2006

 

Cemitério romano-visigótico(?) da Egitânia





























Quatro fotos ilustram o estado de conservação e de apresentação na necrópole romano-visigoda (?), situada algumas dezenas de metros a norte da aldeia de Idanha-a-Velha e mesmo ao lado da estrada municipal que liga a aldeia à estrada nacional.

Foi este arqueossítio escavado na meada dos anos 50 do século passado por Fernando de Almeida e Octávio da Veiga Ferreira. A sua descoberta foi ocasional. Uma rês afundou uma pata numa sepultura, tendo os ganhões ido ver o que se passava. Avisaram de seguida o Senhor António Marrocos proprietário do terreno que por sua vez alertou os arqueólogos atrás citados. Da campanha de escavações resultou o aparecimento de 37 sepulturas de diferentes tipologias (desde aquelas formadas por tégulas até ao aparecimento de dois túmulos-arca), todas elas sem qualquer espólio de qualquer tipo, daí a insegurança na datação.

Hoje este monumento está neste estado, bem lastimável, mas de dificil compreenção já que na aldeia está uma equipa dedicada às escavações e limpezas do património o ano inteiro. O facto de o terreno ser de um particular penso que não é razão para este cemitério estar neste estado.

Alguém faz algo? IPPAR, IPA, CMIN? então como é?

Bibliografia: Almeida, Fernando de; O. da Veiga Ferreira - Cemitério romano-visigodo de Idanha-a-Velha, Archivo Español de Arqueologia, 31, Madrid, p. 217-222.

3 de julho de 2006

 

S. Pedro de Vila Corça em festa

No próximo fim de semana haverá festa em redor da capela de S. Pedro, retomando uma antiga tradição, anterior ao reinado de D. Dinis. Em 1228, foi concedida Carta para se fazer feira anual, que durava 11 dias, três antes do dia de festa e oito a seguir à mesma. Vamos a ver se as gentes de Monsanto conseguem dar continuidade a este evento, que já há alguns anos estava parado.

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