28 de novembro de 2008

 

Necrópole ao abandono



Sim. Isto passa-se em Idanha-a-Velha. De nada valem os apelos que tenho feito ao longo dos tempos para que se faça uma limpeza e uma musealização do "cemitério romano-visigodo(?) da Egitânia. Se não o querem limpar e preservar mais vale que o aterrem, pois assim sempre ficava mais protegido.
No entanto somos radicalmente contra esta prática quando os monumentos podem ser preservados e quando há, é o caso, meios para quase diariamente serem limpos e vigiados.
Este local tem sido sistematicamente relegado pela equipa de arqueologia que trabalha em Idanha-a-Velha, talvez por se encontrar em terrenos privados. Modestamente achamos que não é razão para este comportamento. Uma reunião com o dono do mesmo desbloquearia a situação, quase de certeza. Sendo assim, quais as verdadeiras razões para tudo continuar na mesma?
Não sou adivinho, mas acho que é pertinente fazer esta pergunta aos responsáveis científicos pelos estudos arqueológicos de Idanha-a-Velha.
E mais uma vez, espero pela resposta, SENTADO.........

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25 de novembro de 2008

 

Os Deuses e os Homens








Foi já no longinquo dia 23 de Setembro que foi lançado o livro da minha especial Amiga Ana Marques de Sá, cujo título é "Civitas Igaeditanorum: os deuses e os homens", edição (mais uma) da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova.

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18 de novembro de 2008

 

Estatuária idanhense

Embora inaugurado em Dezembro de 2007, só agora dou a conhecer o busto do Comendador José Silvestre Ribeiro, idanhense ilustre que não precisa de apresentação.
Coincidiu esta manifestação de reconhecimento da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova com o bicentenário do seu nascimento.
O local onde está implantado este monumento é muito aprazível, no meio de uma área verde, defronte da Câmara Municipal e da Escola Superior de Gestão. A peça de bronze é da autoria do escultor Álvaro Raposo França e constituí uma mais-valia no espaço monumental da vila de Idanha-a-Nova.

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14 de novembro de 2008

 

Prémio DARDOS: fui contemplado


Também eu fui contemplado com um prémio, aliás aceito-os todos com muita alegria, desta vez entregue pelo Luís Filipe Maçarico, poeta e apaixonado pela Beira Interior e pelo mundo islâmico. Amigo Luís foi uma honra receber esta benesse das suas mãos, e passo esse mesmo prémio para o António Veríssimo, para o Al, para o António Baeta, para a Manuela, para o Eddy, para o Carlos, para o Caetano, para o JJ Matos, para o Pedro, para a Cátia, para o Rui, para o Francisco, para o Nuno, para a catarinia e por fim para o Eugénio.

Um bom fim de semana para todos.

Quem recebe o “Prémio Dardos” (e o aceita) deve:
  1. Exibir a respectiva marca /imagem;

  2. Linkar o blog através do qual recebeu o prémio;

  3. Escolher quinze (15) outros blogs aos quais atribuirá o "Prémio Dardos".

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13 de novembro de 2008

 

A Guerra Fantástica e as Guerras Penínsulares


































Votos de boas comunicações e melhores conclusões. Para grande pena minha não vou estar presente.

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Amato Lusitano



Iniciamos hoje uma campanha para lembrar aos responsáveis culturais deste País que se aproxima a data da passagem dos 500 anos do nascimento de João Roiz Amato Lusitano, personalidade maior da História da Medicina da Europa. Perseguido na sua Pátria por ser judeu, em 2011 poderemos redimir-nos. Comemorar Amato Lusitano é sondarmos a faceta mais negra da nossa História.

Num País e numa região tão dada a esquecimentos e que guarda tudo para a última, faço um apelo a todos para se empenharem na construção desta efeméride a começar em 2010 e a terminar em 2011. Comecemos a organizar-nos para tornar estas comemorações num marco da nossa História com olhos postos no passado mas que sejamos capazes de apontar caminhos para o futuro. Vamos ao trabalho caro Amigo Al Cardoso? Para ver se colocamos Amato nos USA?

Sobre Amato Lusitano vide: http://www.arlindo-correia.com/090506.html

A propósito disto republico aqui um texto, do meu camarada Pedro Salvado, saído esta semana no periódico albicastrense “Gazeta do Interior”.


PATRIMÓNIO FLUTUANTES

Bibliografia Amatiana

No passado fim de semana, Castelo Branco recebeu as vigésimas jornadas de “História da Medicina na Beira interior”, manifestação cultural que, de uma maneira ininterrupta, tem associado a esta cidade diversas personalidades e instituições, nacionais e internacionais, do estudo da História da ciência. Com efeito o papel desempenhado e a afirmação da cidade, nestes domínios do saber é especificidade funcional que nos honra como comunidade

Dentro da sua programação, organizou-se, com a inexcedível colaboração da Biblioteca Municipal, uma exposição que reuniu algumas produções bibliográficas que têm a ímpar figura do médico quinhentista Amato Lusitano como elo unificador. Trata-se de objectos impressos originários e produzidos a partir de dois campos genéticos, temporalmente distintos e, hoje, indissociáveis. Por um lado, toda a individualidade e especificidade das obras de Amato, das suas reproduções impressas em sucessivas edições, profusamente utilizadas ao longo de séculos. Por outro, os textos elaborados por uma alargada plêiade de investigadores que expressaram e desenvolveram uma incisiva e particular historiografia amatiana. Os títulos revelam olhares múltiplos, aturadas análises, interrogações continuadas e redescobertas das poliédricas faces e trajectos científicos e vivenciais desta personalidade da Renascença Europeia. Do conjunto de nomes que mapeiam e corporizam esta autêntica amatofilia bibliográfica, realcemos o lugar ocupado pelo médico beirão José Lopes Dias. Com efeito, na História da Medicina Portuguesa, Lopes Dias assume-se como um extraordinário exemplo de um médico-intelectual que a partir da periferia construiu um original programa de investigação que o vai aproximar aos “grandes nomes” e centros de produção do saber. A memória de Amato Lusitano teve, em Lopes Dias, o seu principal obreiro e edificador em sucessivos acontecimentos, encontros, estudos, matérias e imatérias, centralidades e periferias. A Biblioteca Municipal de Castelo Branco possui no seu acervo alguns raros originais das obras amatianas. Os exemplares constituem um relevante património bibliográfico, cuja excepcionalidade, nomeadamente pela sua cronologia, tem que ser devidamente salvaguardada e divulgada. Afinal, Amato Lusitano é um dos eixos formadores e revitalizadores da nossa identidade colectiva. Adquiridos pela autarquia nos anos sessenta do século passado, a sua presença no catálogo deste importante repositório da “cultura do impresso” da região, deve-se à visão e empenho do pelouro da Cultura de então, Vasco Mendes de Matos, por proposta de Lopes Dias.

Amato Lusitano ocupa uma relevante centralidade na percepção imagética urbana albicastrense contemporânea. É uma presença cultural que o colectivo domesticou, mas que se quer reforçada, através de um futuro investimento nacional e internacional, na difusão e no estudo da sua espantosa e fantástica bio-bibliografia. Numa vida feita de contrastes, exílios e partidas, esperanças, devaneios e tristezas, chegadas e regressos adiados - o empenho e o respeito pelas diferenças culturais das sociedades e pelos ‘outros’, o cultivo do entendimento entre credos e religiões, a suprema defesa da Vida, da saúde e do bem estar foram coordenadas do vasto saber de Amato que, com a sua leitura, nos transmitem uma indubitável e inquietante actualidade. Propomos que a presença de João Rodrigues Amato Lusitano na nossa Biblioteca, seja individualizada através da criação da estante amatiana que expresse a verdadeira dimensão dos estudos realizados sobre a sua vida e obra.

Evocar Amato é reafirmarmos a nossa identidade colectiva, numa época caracterizada por uma diluição acelerada e da uniformização dos sentires das coisas e dos territórios. É criar interioridade cultural positiva. Nostalgicamente, e noutros horizontes e gentes e culturas, Amato Lusitano haveria de se recordar dos locais da infância da sua pequena pátria, principalmente uma das suas principais marcas identificadoras: as suas muralhas. Escreveu o sábio médico «IN MURIS PATRIAE MEAE CASTELLI ALBI», numa pioneira patrimonialização afectiva do monumento.

Vai surgir, na zona histórica albicastrense, um centro de descodificação dos vários momentos da construção histórica do edificado local. Aí, num edifício que se apelidará de fronteira, expressar-se-ão todas as relações que, ao longo de milénios, se estabeleceram entre os homens, as pedras e o sítio. Esperemos que toda a polissemia que a palavra “fronteira” expressa venha a estar contemplada no seu programa expositivo. Uma muralha também pode ser lida como uma fronteira entre vários campos, realidades e sonhos. Para Amato, o rompimento dos muros albicastrenses significou encontrar, por fim, um valor que lhe havia sido negado dentro da cidadela: a liberdade de pensar e de sentir diferentes. A seguir veio a longa estrada da diáspora, itinerário que se envolveria sempre naquilo que Miguel Torga haveria de constatar e de escrever muitos séculos mais tarde: «o global é o local sem paredes».

Pedro Miguel Salvado

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10 de novembro de 2008

 

Medicina na Beira Interior. E já contam 22 volumes

Acaba de sair mais um número dos Cadernos de Cultura, Medicina na Beira Interior da Pré-história ao Século XXI, sendo já o 22º. De assinalar a longevidade desta publicação, não sendo ela periódica, consegue cometer a proeza de o ser mais que quase todas as que o são. Os responsáveis são os mesmos de sempre o Velho Amigo e Mestre Dr. António Salvado e o Dr. António Lourenço Marques. Os dois entendem-se bem, e nem precisam de "conselhos científicos", esse é o seu segredo. Continuem, e muita saúde para ambos.

Eis o índice:

Nabais
, João Maria - A criança: aproximações várias sob o ponto de vista histórico, p. 5-16;
Morais, J. A. David - As epidemias no exôdo dos judeus do Egipto: a propósito de dois casos de filariose descritos por Amato Lusitano, p. 17-25;
Rasteiro, Alfredo - Calcanhar de Amato, p. 26-28;
Leal, Maria José - As incursões de Amatus Lusitanus pela cirurgia pediátrica, p. 29-34;
Gameiro, Aires - Amato Lusitano(1511-1568) e S. João de Deus(1495-1550): contemporâneos, aventureiros e cuidadores de doentes com princípios éticos, p. 35-43;
Cunha, Fanny Andrée Font Xavier da - A Inquisição e valores científicos no exílio, p. 44-48;
Salvado, Maria Adelaide Neto - Dos casos de varíola tratados por Amato Lusitano na 3ª centúria às epidemias de varíola na Beira Interior em finais do século XIX, p. 49-55;
Barroso, Maria do Sameiro - A cesariana dos primórdios ao século XIX, p. 56-71;
Borges, Augusto Martinho - Assistência e apoio à criança na Beira: A casa da roda dos expostos em Almeida no séc. XIX, p. 72-85;
Silva, Joaquim Candeias da - Evocação/memória de alguns médicos notáveis do concelho do Fundão (VII): Maria Olívia Pessoa Cabral - a 1ª médica da Beira Interior, ou a medicina como herança, p. 86-92;
Matos, Albano Mendes de - Plantas medicinais no Alcaide: mezinhas e curativos, p. 93-103;
Garcia, Maria Antonieta - Orações: a cura pela palavra, p. 104-115;
Rasteiro, Alfredo - Um médico no regimento de cavalaria 8 de Castelo Branco, p. 116-116;
Sousa, Carlos Soares de - Miguel Torga, médico: do exercício da clínica, no diário, p. 120-122;
Pina, Maria Esperança - Bíblia e hagiografia em azulejos de Lisboa, p. 123-130;
Pita, João Rui - Contributos para a história das farmacopeias portuguesas: Manuel Joaquim Henriques de Paiva e a farmacopéa lisbonense, p. 126-130;
Sousa, Carlos Soares de - Médicos escritores e/ ou artistas na medalhística portuguesa, p. 131-136;
Marques, António Lourenço - Meio milénio depois: uma herança assinalável, p. 137-13138.

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6 de novembro de 2008

 

Exposição de Arte Sacra em Idanha-a-Nova


Está patente ao público no Forum Cultural da Vila de Idanha-a-Nova, uma pequena, mas representativa amostra da arte sacra propriedade das Paróquias de Idanha-a-Velha e de Alcafozes. Gostamos muito do que vimos, embora sinta que há faltas, a começar pela imagem da padroeira de Idanha-a-Velha, a Nossa Senhora da Conceição. Tratando-se de uma imagem do século XVIII, uma recente acção de restauro deixou algumas dúvidas ao promotor do certame, que decidiu não a incluir. O S. Sebastião de Idanha-a-Velha (o mais antigo) que segundo alguma literatura é proveniente da Catedral também não compareceu. De Alcafozes não sentimos faltas, mas não gostamos dos restauros da Senhora do Loreto nem da alegoria da "Exaltação do Sagrado Coração de Jesus". De destacar uma peça pouco vista e rara, como é a bandeira do Espírito Santo, classificada no catálogo como sendo do século XX, mas esta cronologia deverá por certo ser fruto de erro tipográfico, já que se trata de uma peça que ascenderá aos finais do século XVII que aparece na gravura deste post; só espero que quando regressar seja acondicionada em melhores condições para evitar que se continue a degradar. A actual armação será por certo uma boa solução. A musealização é muito boa e a segurança das peças parece-me adequada. O pequenino catálogo peca por ser tão compacto, mas o essencial está lá.
Ficamos a aguardar pela próxima amostra de arta sacra do concelho de Idanha-a-Nova, tão rico sendo por isso tão procurado pelos ladrões desta arte. Mas quanto a nós a divulgação das peças será o melhor meio de as proteger, pois a sua entrada no mercado de obras de arte ilegal se torna mais dificil.

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5 de novembro de 2008

 

XXªs JORNADAS “HISTÓRIA DA MEDICINA NA BEIRA INTERIOR”



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