31 de dezembro de 2006

 

Boa Passagem de Ano

Caros Amigos tenho estado calado porque tenho tido problemas com a ligação à Internet. Felizmente ainda vos posso desejar um bom fim de Ano e que 2007 seja portador de muitas felicidades. Por mim desejo que 2007 seja melhor que 2006, o que até nem é pedir muito. Até para o Ano que vem.

22 de dezembro de 2006

 

UM FELIZ NATAL



A TODOS OS LEITORES E COLABORADORES

UM FELIZ NATAL

COM MUITA PAZ E SAÚDE

Nossa Senhora da Graça.

1ª metade do século XVI

Óleo sobre madeira de castanho recuperarado e restauraudo pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova no presente ano

Igreja matriz do Rosmaninhal , Concelho de Idanha-a-Nova


 

Viriato, outra vez



Se ao menos os cultores das ‘viriatadas’, das 'templaradas', dos pseudo-folclores históricos e de outras artes afins tivessem passado os olhos sobre o ‘clássico’ Viriato de Adolf Schulten outro seria, decerto, o seu pensar. Mas não. O que é importante para a nossa economia raiana são as promoções das anacronias culturais desde que se façam acompanhar pelo toque dos adufes. Pensar e reflectir? Está quieto que não conheço.


 

Viriato, novamente




Nesta ‘estória’ dos viriatos e dos localismos é mais do que justo referenciar o, a todos os níveis excelente ensaio, 'Viriato' do Prof. Paulo Farmhouse Alberto saído, em 1996, na editora Inquérito. Está lá tudo o que se conhece e cientificamente se reconhece sobre este assunto. Os textos posteriores, com efeito, pouco ou nada acrescentam. O livrinho, enquadrado na colecção Vultos da Antiguidade, possui outra importante valência : é uma edição barata.


 

Viriato





Acaba de aparecer nos escaparates das livrarias das grandes cidades, infelizmente o concelho onde resido e trabalho não oferece qualquer coisa digna desse nome, a obra
Viriato, o herói que lutou pela liberdade do seu povo do Prof. Maurício Pastor Munõz Conhecíamos o título Viriato, A luta pela liberdade da editora Ésquilo de 2003 que lemos com atenção. No número de dezembro da revista História publicou-se uma pertinente entrevista-recensão ao emérito autor realizada por Cristina Portela com o título “Um mito (sempre) renovado”. Encontramo-nos com efeito diante de um mito. Um mito antigo é certo mas um mito. Daí todos os avisos e todas as cautelas, reveladores da sua honestidade intelectual, expressados pelo autor: «Hoje em dia não poderíamos fazer uma história de Viriato sem ter em conta esta personagem mitológica. Porque Viriato converteu-se numa lenda, para os portugueses e para os espanhóis. (...) Temos de mesclar lenda e realidade, afirma o historiador. «Uma lenda aproveitada politicamente em toda a Península Ibérica, tanto por Salazar quanto por Franco, para incentivar um certo nacionalismo.» Nacionalismo de tão má memória acrescentamos nós. Por cá, continua a haver alguns doutos pesquisadores e reprodutores da ‘pátria’ lusitana cuja capital, claro, foi Idanha-a-Velha e cujos horizontes eram os da campina raiana. Depois do bucolismo turístico faltava o histórico para a imagem da nossa identidade local ficar completa. Olhem o caso de Monsanto onde “
O original povoado fortificado pré-histórico foi cercado e reforçado pelo Pretor Romano Emílio Paulo no século II a.C.”., como vem escrito em tantos e sábios guias de visita. E digam lá que não

PS - Para o STALKER e para a arqueóloga e respectivas ajudantes do município albicastrense : Sabiam que há uma referência na página 47 do livro “Viriato . A luta pela liberdade” ao meu monte de S. Martinho? Ei-la: “ No distrito de Castelo branco, destaca-se o castro de São Martinho que acabou por ser completamente romanizado, situado numa excelente posição estratégica, onde se encontraram restos cerâmicos e estelas decoradas”. Se calhar na próxima edição e tendo em consideração o total abandono deste arqueossítio o texto será o seguinte: onde se lê que acabou por ser completamente romanizado” leia-se “que acabou por ser completamente urbanizado e betonado”. A este assunto voltaremos.


 

Uma questão de óptica



Desculpem a presunção. Mas presunção e água benta cada qual toma a que quer.
Lendo, com a devida atenção, a entrevista ao senhor Presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, engenheiro Álvaro Cachucho Rocha publicada na revista “Viver” deparei com um homónimo até hoje desconhecido. Ao dissertar sobre o seu curriculum técnico e a sua experiência agrícola dos cafezais de Uíge até às campinas da Idanha e sobre a sua ascensão política desde as eleições de 1979 que foi eleito vereador , com saídas e retornos, até ao seu saliente e activo papel como responsável “pelo lançamento e organização da Feira Raiana (p.5)” durante «o reinado de boa memória” de 1994 (não não, meus amigos, isto ainda é uma república) ) afirma o nosso Presidente: “Em 1997 o Joaquim Morão foi-se embora e as eleições foram ganhas pelo Dr. JOAQUIM BATISTA.” Não sabia. Penso que as eleições desse ano foram sim ganhas pelo Dr. FRANCISCO BATISTA. Pois bem. Publicamente declaro que nunca fui nem penso vir a ser candidato à Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, mas também ainda não sou licenciado. Foi uma gralha dirão. Ele há ‘gralhas’ levadas do diabo...


 

Documentos avulsos



Reproduzimos o rosto do “Regulamento do imposto sobre apascentação de cabras” da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova do ano de 1929. Foi aprovado em sessão ordinária da Comissão Administrativa Municipal a 4 de Dezembro que tinha como Presidente José Castel-Branco e como vereadores António Simões Fernandes, António Torres Campos e António Maria Cunha. Foram tempos muito difíceis e cruéis para a maioria da população que sobrevivia de magros sustentos conseguidos com muito esforço, numa ruralidade controlada e dominada pelos senhores da terra. O documento das cabras é formado por 10 artigos. Através da sua leitura percebemos o peso e controlo exercido pela Ex.ª Senhora Câmara sobre a circulação dos caprinos no território: eram só punições, coimas e apreensões. O negócio do gado já era outra história. Lê-se no artigo 5º: “Aos negociantes de gado caprino será permitido um contracto de avença com a Câmara (...) Curiosa esta ‘antiguidade’ dos contratos de avença com as Câmaras. Só que hoje em dia não são negociantes de gado.


 

Revista Viver





Acaba de nos chegar às mãos o número 3 da revista “Viver - com o subtítulo vidas e veredas da raia”, editada pela Adraces – Associação para o Desenvolvimento da Raia Centro-Sul. A edição tem como grande tema: Associações e associativismos da Bis. BIS é a sigla da Beira Interior-Sul geografia da qual o meu concelho de residência e o meu concelho de nascimento fazem parte. São 49 paginas muito ecléticas quanto aos seus conteúdos. Os conhecimentos expressados, as problemáticas e os factos transmitidos e analisados variam muito de autor para autor. Os textos do Profs. Domingos Santos do IPCB e o de José Portela da UTAD destacam-se do conjunto das prestações. Voltaremos, em breve, a esta revista que entre outras curiosidades deu a conhecer ao grande público algumas facetas teóricas, conceptuais e vivenciais dos nossos dirigentes associativos e políticos locais até agora desconhecidas. Dominadas pelo Eixo 3 de Bruxelas, pelo Leader + e pelo Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas que a subsidiam, estas veredas de papel profusamente ilustrado, importantíssimo fórum de debate do nosso futuro raiano, iluminaram não só um caçador de elefantes e de leões africanos o “Leão da Idanha” (sic) como confirmaram que, e passo a citar, «Nenhum recanto da Beira Baixa representa mais ao vivo a ancestralidade do povo lusitano que esta região raiana». Onde é que eu já li isto?


21 de dezembro de 2006

 

Marcas mágico-religiosas: um património gráfico a defender


Numa edição do Polis Guarda, registamos o livro “Marcas –Mágico religiosas no Centro Histórico”. A obra apresenta os resultados da inventariação destas peculiares representações gráficas ainda hoje detectáveis nas ombreiras e nos vãos do edificado egeditano histórico. Trata-se, como aqui já foi abordado, de um fenómeno cultural comum a toda a faixa interior ibérica à volta do qual temos vindo a assistir ao surgimento de um campo teórico ainda muito incipiente. Ainda que as figuras cruciformes sejam anteriores a Jesus Cristo e já também conhecidas no mundo vetero-testamentário, foi o Cristianismo que afirmou a cruz como símbolo identificador da Nova Religião.

Assim, a marcação de uma cruz num determinado local pode ser compreendida como um elemento que reforça a cristianização desse espaço. É igualmente possível que o hábito da marcação de cruzes, sobretudo nas ombreiras das portas, independentemente da intenção de quem as lá colocou, seja um ritual de carácter mágico-religioso. A gravação de cruciformes atesta-se não só em espaços domésticos como também em lugares de forte sociabilidade. O símbolo cristão, e suas variantes esteve bem presente em todos o tecidos materiais das aldeias e cidades da Beira dita interior

Apesar da existência de cruzes gravadas em ombreiras de portas nas zonas históricas das comunidades urbanas e rurais constituir um dado adquirido e facilmente constatável, a história deste tipo de representações em tecidos consolidados constitui um campo de estudo ainda pouco desenvolvido em Portugal. O quadro do conhecimento das distintas realidades regionais é fragmentado, detectando-se inúmeros territórios por prospectar e inventariar. Por outro lado, a problematização deste campo simbólico tem sido amplamente alargado a partir dos estudos levados a cabo por Carmen Balesteros, persistindo, contudo, todo um conjunto de interrogações quanto a uma compreensão cabal das razões destas práticas epigráficas nos vãos das unidades domésticas.

No distrito de Castelo Branco, a primeira apreensão desta realidade cultural data do princípio do século XX e ficou a dever-se a Francisco Tavares Proença Júnior, patrono da Arqueologia da Beira Baixa. Na década de oitenta, o estudo e inventariação dos cruciformes albicastrenses foi relançado por mim a partir do conjunto das representações existentes na zona histórica de Castelo Branco, pioneiro trabalho agora em fase de reavaliação em colaboração com uma equipa de historiadores e de fotógrafos locais. Os resultados serão aqui editados a partir de Janeiro e no Blog O Albicastrense do meu amigo Veríssimo Bispo. No concelho do Fundão, este domínio patrimonial tem merecido a devida atenção e consequente valorização através dos trabalhos desenvolvidos pela equipa do seu GTL coordeando pela arquitecta Ana Cunha e pelo historiador Pedro Miguel Salvado, nomeadamente: “Um olhar com luz - Elementos cruciformes da zona antiga, Câmara Municipal do Fundão, 2005 Nos outros concelhos o assunto ainda não foi alvo de estudo apesar dos apelos nesse sentido do senhor arquitecto José Afonso, presidente da delegação de Castelo Branco da ordem dos Arquitectos. Estes grupos simbólico-gráficos assumem-se como uma importante matriz da identidade histórica das nossas comunidades, impondo-se por isso a sua inventariação e divulgação junto das populações como primeiro passo tendente à sua salvaguarda futura. É a tudo isto que os textos da historiadora Carmen Ballesteros e do arquitecto António Saraiva aludem. Quanto à relação entre “práticas judaicas” e este fenómeno gráfico fazemos nossas as palavras do arquitecto “Casual ou intencional?! Serão concerteza questões para reflectir...” Reflictam muito é o meu sincero desejo. e parabéns à Guarda por mais esta valiosa contribuição para a nossa bibliografia regional.


18 de dezembro de 2006

 

O sorriso da mulher monsantina




















Separadas por algumas décadas reproduzem-se duas representações da mulher monsantina, se é que isso culturalmente existe. Na fotografia tirada em 1938, atente-se na legenda, tão ao sabor da ideologia cultural da época: “ O sorriso da bondade monsantina- símbolo nobre da mulher portuguesa”. Nem mais, nem menos. A outra é de autoria do ‘design’ José Luís Madeira e ilustra o livro. “Percursos..., de autoria do Dr. Artur Corte-Real e do senhor Arquitecto Carlos Figueiredo, editado em 1995. A obra foi um produto de divulgação turística da localidade resultante da renovação efectuada na aldeia ao abrigo do programa das Aldeias Históricas de Portugal. Encontramos aí descrições como estas: «Hoje, o Castelo, com todo o imenso Património que sustenta, oferece aos visitantes memórias e ambientes de um passado glorioso. Homens gritaram vitórias, choraram derrotas.» ou esta outra: «Hoje a Vila de Monsanto vive num ambiente de pacatez de uma aldeia da Beira Baixa, num quotidiano singelo. Quem a visita, testemunha um quadro vivo aparentemente imutável....”. Pelo lido de imutável ficaram as metáforas dos textos e essa da Beira Baixa, que administrativamente já não existe desde a reforma de Marcelo Caetano. O sorriso de 1938 realmente, esse foi mutável. Envelheceu.

PS- A fotografia ilustrou o número de abril de 1939, dedicado a Monsanto da revista Turismo. Em 1998, a revista Raia de Castelo Branco, produziu, uma edição fac-similada da revista com um texto de enquadramento de autoria de Pedro Miguel Salvado com o título: “Monsanto-Monte santo?”. Infelizmente tanto o original como a cópia encontram-se esgotados. Prova da mutabilidade do tempo, neste caso do tempo do papel.


 

A Pré-história do desenho arqueológico


Sabem o que é isto? É o desenho conhecido mais antigo de uma sepultura escavada na rocha de Monsanto. Foi realizado a 28 de Abril de 1798 pelo Barão Von Wiederhold que acompanhou sua magestade Chistian, Príncipe de Waldeck, numa penosa viagem pela província da Beira. Agradeço ao meu amigo Pedro Salvado o ter-me comunicado esta interessante achega da história da arqueologia regional. Em breve voltaremos a debruçar-nos (eu, o Pedro e a amiga Ana Sá) sobre este primeiro “turista” das terras da Idanha.


 

Mais um equipamento cultural inaugurado no Fundão


Foi, no passado sábado, inaugurada no Fundão, pelo Presidente da República, a ‘Moagem: Cidade do Engenho e das Artes’.

Damos os parabéns ao município do Fundão, na pessoa do Dr. Manuel Frexes, fazendo votos para que este equipamento se assuma cada vez mais como um elemento muito activo e determinante no futuro da cultura da nossa região. A nova “moagem” está magnifica. Foi uma reabilitação cuidada conjugando a memória do edifício que foi uma antiga fábrica com as refuncionalizações contemporâneas dos espaços primitivos. Espaços agora vocacionadas para as Artes. Lá para Maio-Junho, do próximo ano, abrirá o núcleo museológico definitivo, componente que promete pelos elementos que já são visitáveis e que já se encontram expostos. O título da pequena mostra “A presença dos Ausentes” referindo-se aos antigos operários e às suas histórias de vida revela um rumo sentido, original e correcto. Na patrimonialização da moagem, aturado trabalho de uma equipa, as pessoas não são entendidas como coisas... Às vezes, as ‘pequenas’ comunidades dão lições às grandes. É o caso. De elefantes culturais às riscas (para não serem sempre brancos) estamos nós fartinhos. E como sabem, não é espécie em vias de extinção nestas terras raianas


 

Exposição de Costa Camelo



Como este período do ano é propício à circulação das pessoas pelo nosso interior, reencontrando raízes familiares e culturais, seja-me permitido indicar a visita à Exposição de Costa Camelo, patente na Casa do Bispo, àqueles que parem em Castelo Branco e visitem a minha cidade. Esta afectividade pelo pintor Costa Camelo é justificada, em primeiro lugar, porque foi através da sua obra que tive os primeiros contactos com as expressões artísticas contemporâneas quando era funcionário no Museu de Francisco Tavares Proença Júnior. Com efeito, a introdução neste Museu de linguagens contemporâneas, nomeadamente a realização periódica de exposições nacionais e internacionais de arte comtemporânea, não é nada de novo. Inclusive esteve prevista, já com projecto arquitectónico e tudo, a construção de uma Galeria de Arte Contemporânea projecto idealizado (de borla para o Estado note-se) pelo arquitecto-pintor Noronha da Costa. Infelizmente, os desígnios do poder em relação ao Museu foram outros. Perdeu-se uma oportunidade de recuperar o atraso mas os bordados dariam mais dinheiro...

Voltemos ao covilhanense, e albicastrense por adopção, Costa Camelo. O nome significará pouco mas ficam a saber que estamos diante de um dos melhores pintores contemporâneos, senhor de um extraordinário e original percurso criativo, validado pelos melhores críticos europeus. Quando passamos a vida a falar de identidade regional é uma pena que esta componente., a dos autores e dos pintores oriundos da nossa região, sejam ignorada e esquecida. É mais fácil continuar a falar e a reproduzir aqueles saudosos tempos em que o povo, com os seus trajes típicos, trabalhava a cantar, numa envolvência de miséria. Que felicidade! Que magníficas e tão puras tradições a preservar!

Em finais da década de cinquenta, Raúl da Costa Camelo emigrou para Paris e por lá ficou. Pensou, escreveu e pintou muito. O apelo materno das suas origens está sempre presente na sua pintura. Cultor do abstracionismo cabe-nos a nós, como verdadeiros beirões, descodificar essas sentidas presenças.

 

Lendas do rei Wamba













Numa edição da Ulmeiro (Julho de 2005), saiu a lume “Vila Velha de Ródão. História e Lenda do Rei Vamba” de José Fortunato, ilustrado por João Sena. Trata-se da releitura e da reapresentação de uma das ancestrais lendas do rei visigodo, neste caso, aquela que faz parte do rico património oral rodense. Uma lenda que se imbricou tanto na paisagem do local que se associa, ainda nos nosso dias, à primitiva fortaleza templária de Ródão, comunmente designada por Castelo do rei Vamba.
Infelizmente, não contando com a tentativa falhada das
Lendas e Segredos das Aldeias Históricas de Portugal, de Ana Maria Magalhães e de Isabel Alçada, editada pela Comissão de Coordenação da Região Centro, as potencialidades pedagógicas e culturais do fundo lendário de Idanha-a-Velha ainda não foram exploradas. Deve ser pelo perigo que pode representar a componente de verdade de uma lenda... Vamba era agricultor e também migrou para a cidade grande. Vão-se as gentes, vêem os turistas e isso é que interessa.
Qual imaginário colectivo qual quê? O turismo e o folclore é que são o futuro dos por cá ficaram. Este livro é um bom presente de Natal para as nossas crianças.


14 de dezembro de 2006

 

Corria o dia 1 de Julho de 1973, quando nasceu para o mundo, em Idanha-a-Nova o Jornal Raiano: mensário regionalista, tendo por director, proprietário e editor o Padre Adelino Américo Lourenço.
No seu 1º número não aludia à freguesia de Idanha-a-Velha nem ao seu património, mas ao longo dos seus 33 anos de vida muitas foram as ocasiões em que a velha Egitânia foi até tema de capa. Também durante todos estes anos este periódico foi a chama ardente do jornalismo do concelho, descrevendo e denunciando os abusos contra o povo a as instituições, assim como comentando as horas felizes dos idanhenses.
Foi, melhor, é tribuna de liberdade e oásis de saber, defensor das causas raianas e cristãs. Ao seu director de sempre o Amigo Padre Adelino Américo Lourenço, receba deste seu admirador o testemunho sincero de parabéns pelo trabalho desenvolvido e pela coragem de todos os meses dar ao mundo esta publicação histórica. A Idanha é devedora.

13 de dezembro de 2006

 

Felizes Festas


Feliz Natal desejo a todos os leitores deste Blog. Antecipadamente
Feliz Navidad
Joyeux Noël
Merry Christmas
Buon Natale
Mo'adim Lesimkha

Paz no Mundo seria o melhor presente a que poderiamos aspirar.

 

As tradições ainda são...


Com o madeiro veio também o caramelo. Enfim, é o tempo dele.

12 de dezembro de 2006

 

Encontrado túmulo de S. Paulo?

Andam as comunidades arqueológicas e cristãs todas entusiasmadas com a descoberta de um sarcófago em mármore no subsolo da basilica de S. Paulo em Roma, pois existe a hipótese de o mesmo ser do apóstolo e mártir S. Paulo. Aguarda-se com igual entusiasmo mais notícias e espera-se que o Papa Ratzinger não se oponha à abertura do mesmo. se o fizer está a por-se ao mesmo nível de ridiculo dos responsáveis do Ministério da Cultura portugueses que não deixaram abrir o túmulo de D. Afonso Henriques. Espera-se bom senso do sucessor de Pedro.

11 de dezembro de 2006

 

Nova estela do bronze final

Apareceu no concelho do Sabugal conforme nos informa o Diário XXI
 

Quem é?


Quem é esta personagem que mereceu esta estátua em Zamora (Espanha)? Vou dar algumas pistas

1 - Nasceu em várias "pátrias";
2 - Não gostava de invasores;
3 - Dizem ter passado por Idanha-a-Velha pelas Serras da Gardunha e da Estrela;
4 - É um dos mitos da nacionalidade portuguesa.


Não é dificil, pois não? Aguardo sugestões
 

Cruzes gravadas judaicas (?)

A Câmara Municipal da Guarda acaba de editar o roteiro das cruzes gravadas em portados do Centro histórica guardiense, segundo nos informa o periódico Diário XXI.

Como gostariamos que a Câmara de Castelo Branco fizesse igual serviço, pois na zona histórica albicastrense estão detectados algumas dezenas de motivos identicos.

6 de dezembro de 2006

 

Cá para mim é exploração

Fiquei surpreendido por uma mensagem da Archport, em que se abria uma espécie de concurso para pessoas que quisessem escavar na estação pré-histórica do Castanheiro do Vento em Foz Côa. Tudo bem até certo ponto. Estão a pedir a quem se voluntarize 200 euros por semana. Quer dizer não basta trabalhar, ainda por cima em condições adversas e os meios lojisticos são escassos e ainda é preciso pagar para trabalhar? Será que os orientadores também pagam? Não sei de quem alinhe numa exploração destas, possivelmente só estudantes de arqueologia à rasca de nota. Só assim....

Perguntem ao Luís Raposo, ao Rui Parreira e a outros com quem tive a honra de trabalhar nos anos 80 como era.

Agora isto, é com todas as letras uma exploração. Onde está a ética?

Deve ser como o outro que diz faz o que eu digo, não faças aquilo que eu faço...


5 de dezembro de 2006

 

Pergunta que fica no ar

Porque será que, ultimamente, sempre que se fala neste Blog dos materiais arqueológicos de Idanha-a-Velha e da sua problemática há telefonemas anónimos? Gostava de perceber...
 

Desassossegos extinguiu-se?

O Blog Desassossegos de António Carlos Valera, desapareceu de cena. Sem se despedir.

Espero que sejam só problemas técnicos, mas não me parece.
 

Vila Velha de Ródão tem nova carta arqueológica

Está concluída a Carta Arqueológica de Vila Velha de Ródão, segundo nos informa o semanário albicastrense Gazeta do Interior

2 de dezembro de 2006

 

Museu do Fundão já tem Director

João Mendes Rosa responsável pela Divisão Municipal do Património Histórico, acaba de ser nomeado pelo Presidente da Câmara Manuel Frexes, conforme nos informa o semanário Gazeta do Interior, Director do Museu Arqueológico Municipal Dr. José Monteiro do Fundão. Ao novo Director lhe desejamos uma boa perfomance neste seu novo compromisso, a bem da arqueologia regional. Estamos em "pulgas" para visitar este novo equipamento cultural, certos de que não daremos por perdido o tempo. Parabéns ao João Mendes Rosa.

1 de dezembro de 2006

 

Gaffes arqueológicas

Em frente de uma vitrine recheada de machados de pedra polida encontravam-se vários personagens, todos jovens menos um. Esse não-jovem tratava-se de um licenciado com pré-especialização em arqueologia. De repente o senhor sai-se com esta que apanha toda a gente de espanto:

Ah, cá está o vosso Paleolítico.

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