4 de outubro de 2007

 

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Outro evento, desenrolado na região, relacionado com a ciência arqueológica foram as intituladas «I Jornadas de Arqueologia da Beira Interior». Entre os dias 27 e 30 de Maio, de 1991, arqueólogos, investigadores e historiadores apresentaram as suas comunicações e estudos em Castelo Banco, em Idanha-a-Nova e na Guarda ou não fossem as jornadas ditas da Beira Interior. Prevaleceu a lógica de investigação territorial baseada na Beira Interior, abandonando-se a Beira Baixa?. Critérios. Muita coisa se tinha, efectivamente, alterado desde as “I Jornadas Arqueológicas da Beira Baixa”, de 1979, que não tiveram lugar, como alguém escreveu, na Casa de Cultura da Juventude de Castelo Branco mas sim na Assembleia Distrital de Castelo Branco. Pormenores ou talvez não. A estas jornadas de 1979 voltaremos um destes dias.

Durante toda a década de oitenta o território da Beira tinha continuado a ser, devidamente, investigado e prospectado. Avançou-se muito no conhecimento arqueológico real da Historia da presença da humana na região. Da Pré-História, ao período romano, da Idade Média à Epigrafia Latina, passando pela arte pré-e proto-histórica as investigações continuavam. Ora não é esta tendência que os organizadores admitem ter existido. Bem pelo contrário. A comissão organizadora considerava, mesmo a 27 de Maio de 1991, que «A escassez… Pois não foi bem assim, cara Comissão. Terá sido a ignorância ou outras razões, até imaginamos quais é que terão sido, que levaram a equipar o abandonado museu do Fundão com o museu Tavares Proença? Mistérios da Srª. Secretária das Jornadas Drª. Clara Vaz Pinto, com apoio da comissão científica? Como é que isto tudo foi possível é que não dá para entender. Mas não nos vamos, por agora, estender muito. A maneira como eu e alguns companheiros fomos tratados pela comissão organizadora foi incrível. Propagavam que essas jornadas seriam a marca. Antes delas não tinha havido nada. Tinha sido o deserto. E, agora é que era… Mas não foi. Nem ao nível arqueológico nem quanto à museologia arqueológica. A este nível foi mesmo o grau zero. Talvez seja melhor e a bem da saúde mental e da ética profissional, não recordar e tentar esquecer. Que diabos quem é que hoje se lembra que não deste nenhuma autorização para os materiais que recolhemos no S. Martinho serem estudados (e manipulados) por outras, como foi o caso. A soberba dominou as dotas cujas comissões e valeu tudo. Destruíram tudo ou quase, como foi o caso do solo de habitat paleolítico que para os conhecimentos da Exmª. Comissão organizadora não valia nada. Os tempos eram outros, a antiga ética enterrou-se de vez, ficaram as, orgulhosas, memórias as minhas e a dos meus Amigos.


PS - Este “inventário” não pretende ser um complemento ao iniciado por Luís Lourenço, que faz questão em se apresentar como (Licenciado em História: ramo científico), da Casa Comum das Tertúlias. Tivemos ocasião de o conhecer pessoalmente e de trocarmos algumas impressões na passada semana em Castelo Branco. É engraçado não deu para entender se é ou não do ramo científico. Mas que no inventário do Luís, abundam os doutores lá isso abundam…Cientistas ou não?

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