30 de setembro de 2008
Naqueles tempos

A fotografia reporta-se a uma visita do então Ministro da Cultura Prof. Doutor. Manuel Maria Carilho a Castelo Branco. Estávamos em Maio de 1988. Lá está ele, em cima da muralha da cidade, acompanhado pelo Presidente da Câmara, o idanhense Joaquim Morão. Na comitiva seguem também o então Governador Civil e um moço do meu tempo de Liceu que sempre teve muito jeito para cenas de teatro: o Fernando, o Fernando Raposo. Ligado às associações de teatro, onde fazia um interessante trabalho em prol da cultura e do associativismo juvenil, militante partidário dos ferrenhos, também pintava nos tempos livres. Depois de ter tirado o seu curso de Ensino da Educação Visual e Tecnológica, ficou na ESE como professor. Hoje é o Director da ESART, estabelecimento considerado dos melhores ao nível das artes e da moda do País e da Europa comunitária, com presenças em certames internacionais. Escavo bem fundo na minha memória e não encontro o Raposo em nada no que diga respeito a Patrimónios. Nada. Daí nunca ter compreendido o que é que ele ali fazia? Era o responsável pelo IPPAR ? Sim, e para quem? Vá-se lá saber porquê, acabou por nunca exercer tal cargo. Entre um professor e um arquitecto não é que venha o diabo e escolha. Nada disso. À distância dos tempos, resta perguntar quem é que escolheu o Raposo como o responsável regional pela gestão do património e baseado em quê? Responda quem souber. Também, dirão alguns, já não interessará pois aquilo está extinto. Nem um arquitecto lhe valeu. Pois é. Mas enquanto o pau foi e veio a costa folgou e a Região perdeu.
PS- Foto arquivo do ERR ©
Pois sim, Sr. Dr.

O Director do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico IGESPAR andou lá para o norte, mais precisamente,
Adiantou que tem “pensado numa gestão partilhada de património, que quebre um pouco a lógica dos quintais e que a actual estratégia “é de partilha com as diversas entidades, assumindo as responsabilidades mas encontrando novas formas de gestão”.
O Dr. entrou só agora para o Governo ou já está à espera do quintal da nova legislatura. Quem é que ajudou a destruir a orgânica anterior? Mas há mais. Algo parecido a esta lógica da “desconcentração concentrada” também já tinha sido propagandeada pelo Delegado Regional da Cultura do Centro quando anunciou a nova arrumação dos processos dos patrimónios da nossa região como o Jardim do Paço e outros, num edifício com vistas para o conimbricense Jardim da Maga.
Que grandes jardineiros no reino e no quintal da confusão que é Portugal. Em tempos de perda patrimonial cá os do bando oferecem esta grande música das Just Girls ao Dr. Summavielle que também está disponível para toque de telemóvel…
~ Bye Bye (Vou-me divertir)
Just Girls
Voar, deslizar, carro novo p'ra mostrar
Vou passar a noite a sorrir
É já, vamos lá, bem melhor do que o sofá
Passearmos a conduzir
Assim é que é
Num cabriolet
Curtir a onda na rádio
Na estrada a seguir
Com todas a rir
E a abanar com a rádio
Nada melhor p'ra esquecer
A mágoa que não quero ter
E tudo que eu tenho p'ra dizer... é
Bye, Bye - vou-me divertir
Não, não - não vou discutir
Já está - já decidi
Que eu vou viver mas é longe de ti (longe de ti)
Nada melhor p'ra esquecer
A mágoa que não quero ter
E tudo que eu tenho p'ra dizer... é
Bye, Bye - vou-me divertir
Não, não - não vou discutir
Já está - já decidi
Que eu vou viver mas é longe, bem longe de ti
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25 de setembro de 2008
Convento de Santo António de Penamacor

Após uma curta mas atenta leitura na diagonal, ficamos com a grata sensação de que este documento é uma importante contribuição para a transcrição das fontes clássicas do nosso património cultural.
Estão pois o autor e o editor de parabéns.
Hélder Henriques é natural do Pedrógão de S. Pedro onde nasceu no ano de 1982 (é bem mais novo que eu) e exerce actualmente funções docentes na Escola Superior de Educação de Portalegre (mais um na diáspora).
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19 de setembro de 2008
O milagre

As escavações na área do Castelo de Castelo Branco vão continuar. Face aos resultados observados e aos vestígios detectados pelas máquinas durante as obras que removeram quase todo o subsolo, só este podia ser o caminho. Foi a solução acertada, depois de uma incompreensível atitude de desprezo pelo património arqueológico, protagonizado por “técnicos” de Instituições que devem zelar pelo bem público e não o fazem por desprezo, por desleixo, por ignorância ou por outra qualquer razão. Mas isso é passado. Ganhou o bom senso e a causa do Património. Perderam os interesses pessoais, as “arqueologias” domésticas, os incultos, as invejas e as perfídias, as incompetências técnicas e cientificas, as gestões do património feita pelo telefone. Ganhou a liberdade, a ciência, a função social das pedras. De um manipulado “NÂO HÁ NADA”, provou-se que “HÁ MUITO”. Gostaríamos de deixar aqui registado a excelência do trabalho da Novarqueologia no “nosso” castelo assim como também agradecer ao Senhor Presidente da Câmara de Castelo Branco, o nosso velho amigo, Joaquim Morão. Morão soube ver onde é que estava a razão, permitindo a continuação das escavações. Bem-haja em nome deste blog e de todos os seus leitores. Bem-haja Presidente, em nome daqueles poucos que contribuíram com o seu empenho, com a sua critica, com a sua voz para que o Sr. Presidente permitir saber-se mais sobre o passado da nossa querida cidade de Castelo Branco e do seu vetusto falso Castelo. Quem dizia que Morão era contra o estudo do passado e só via e queria obras? Quem não defendeu o projecto? Quem não foi profissional? Já Maquiavel, no Príncipe, chamava a atenção do soberano para o cuidado em atender a certos conselheiros e conselheiras da côrte bajuladora. Os custos desses rumores, dessas maledicências, dessas ignomínias, dessas inexistências culturais para a verdadeiro futuro da coisa pública, eram sempre mais elevados.
PS- Acabou a Guerra do património albicastrense! Continuaremos vigilantes. Todos e com todos. Vamos todos verdadeiramente trabalhar em prol do património da cidade e da região. Quem quiser…
PS 1- Pede-se o favor de quem andar a enviar cartas anónimas com o intuito de colocar os patrimonialistas da região da Beira uns contra os outros, que não o faça. É que como há um atraso na distribuição dos Correios, a carta quando é recebida, perde impacto calunioso. E também sempre poupam no selo que sempre dá para tomar mais um cafezito nas Docas, ao som de mais uma fofoquinha… Que cambada!
Etiquetas: Castelo Branco, Património Cultural
17 de setembro de 2008
Mistérios templários

Continuam impavidamente a destruir património arqueológico;
Continuam a não cumprir as Leis;
Continuam a não respeitar o Passado;
Continuam a confundir;
Continuam a promover a mediocridade;
Continuam a ter medo da verdade;
Continuam a manipular a ciência;
Continuam a não ser arqueólogos;
Continuam a não ser historiadores;
Continuam a não ser políticos cultos;
Continuam a não ser políticos responsáveis;
Continuam a mentir;
Continuam a ser pérfidos;
Continuam ridículos;
Continuam a ser a prova do não ser;
Continuam a ser mentalmente ocos
Continuam a ter;
Continuam a ter mais;
Continuam a ter muito mais;
Continuam a ter mais e mais poder e dinheiro;
Continuam a ter só isto: tudo e mais alguma coisa
Continuam lá
Continuam
Mas como não acreditam na realidade começaram a ser fotógrafos.
Uma fotografia nunca é a realidade Continua-a. Será?
TUDO ISTO NUMA CIDADE PERTO DE SI
Onde é?
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La Vuelta ciclista a España pasa por Wamba

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16 de setembro de 2008
Exposição e lançamento de livro em Idanha-a-Velha


Sobre o Arquivo Epigráfico é conhecida a minha opinião desde há muito. Sobre as novas novidades de colocarem a epigrafia romana a céu aberto, sujeita a todo o género de vandalismo, às condições atmosféricas, aos roubos (sim, nos próximos dias, munido com o corpus da epigrafia hei-de ir de pedra em pedra para ver se ainda lá estão todas, o que eu dúvido). E não me chamem profeta da desgraça, pois os tempos assim ditam estas situações. Pena que haja tanta gentinha que vive não sei onde, no limbo talvez...
Etiquetas: Ana Marques de Sá, Arquivo Epigráfico, Idanha-a-Velha
12 de setembro de 2008
Nova iluminação pública em Idanha-a-Velha
Etiquetas: Idanha-a-Velha, Iluminação Pública
10 de setembro de 2008
O Outono abeira-se
8 de setembro de 2008
Feira medieval em Monsanto da Beira
Forum Cultural de Idanha-a-Nova

Visitei na última sexta-feira o chamado "Fórum Cultural de Idanha-a-Nova", situado na Rua de S. Pedro na zona histórica da vila, aos pés do castelo e da Misericordia. O local, antigo lagar, está muito bem restaurado e o seu espaço aproveitado ao milimetro. Para além de um pequeno auditório bem aconchegador com uma lareira ao centro, há ainda dois espaços expositivos, um no rés do chão e outro mais arrojado no primeiro piso.
Um local a visitar muitas vezes.
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3 de setembro de 2008
E a ladroagem continua...

Parece que quanto mais forças policiais estão no terreno, mais assaltos ocorrem nesta zona. Estas acções também vêem demonstrar as fragilidades das portas das capelas e ermidas e torna premente um inventário desenvolvido dos bens que estão guardados nas mesmas.
Por último gostaria que os gatunos fossem apanhados e postos à sombra durante uma larga temporada. Viveriam á conta do Estado na prisão, mas quase de certeza que já vivem á "conta" deste mesmo Estado auferindo do rendimento mínimo. E sou capaz de não me enganar...
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