17 de junho de 2009

 

Judiaria albicastrense

Tem-se assistido com alguma insistência à judiariazação do património cultural albicastrense por parte do nosso conhecido Arquitecto José da Conceição Afonso, antigo homem-forte do instituto que em Portugal vela (mal) pelo património cultural. Não se tem olhado a meios para promover tal empresa. O Reconquista, órgão oficial do poder tem sido fiel aliado nesta cruzada por tudo baptizar de “judeu” em Castelo Branco. Até as figuras da Câmara aparecem nesta campanha.

Sei que estou a entrar num campo polémico, mas já é hora de alguém parar com os devaneios judaicos. Portados que sempre foram datados no século XVI, são agora portados judaicos do séc. XV? De repente estes portados estão cheios de símbolos judaicos? Os judeus, coitados, o que quereriam era passarem despercebidos, por isso não acredito que gravassem destes símbolos nas suas portas. Nem estes nem nenhuns outros. Igualmente não concordo com a existência de uma judiaria, quase tão grande como o resto da cidade, e quanto à sua localização, igualmente ponho sérias dúvidas.

É pena que a cidade de Castelo Branco só preste atenção a este tipo de sensacionalismo duvidoso e não promova um trabalho de investigação sério. Mas enfim, nesta época o que vigora é o sensacionalismo e as patranhices históricas que os inúmeros cortejos alegóricos medievais reforçam.

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Comments:
O Sr. José Afonso é conhecido como o homem que vê Judeus em todo o lado, mesmo onde não os há (ou houve).

É um facto que a vila medieval cresceu muito com a fuga de judeus de Castela e com a posterior conversão de alguns deles em cristãos-novos, mas ao instalarem-se nos diversos locais faziam por não dar nas vistas.
Conhecem-se várias localidades ao longo da raia onde realmente ficaram vestígios simbólicos em portais, colunas, etc, mas isso não pode tornar judaicos todos os símbolos dos quais já não se conhece o significado.

Outro pormenor importante é o facto deles se fixarem normalmente numa única rua (eventualmente para algumas perpendiculares) quando eram pequenas comunidades. Se as comunidades fossem maiores, ocupando uma área de vários quarteirões, eram espaços murados, quase sempre com porta a fechar ao pôr-do-Sol.
Ora em Castelo Branco nunca ouvi falar de qualquer espaço murado no interior da vila, além da alcáçova. Mas ouvi falar numa Rua Nova, que era muitas vezes o topónimo dado aos locais onde viviam os judeus convertidos, após a expulsão. Não estou desta forma a dizer que a Judiaria era aí, mas já vi uma tese de mestrado defendida em Coimbra que o afirma categoricamente.

AD
 
Quem? Zé Afonso. Ãquele que põe o cão a cagar em tudo o que é sitio. Isso é uma judiaria!
O homem descobriu a pólvora.
Falem com o Pedro.
 
"Tem-se assistido com alguma insistência à judiariazação do património cultural albicastrense".

Subscrevo o que aqui afirmas.
Esta judiariazação, mais parece uma campanha do que a defesa duma tese com bases científicas!

Abraço,
Luís Norberto Lourenço

P.S.
Quem é o autor da foto ou qual é a fonte?
 
Não há por aí um resto de ódio aos judeus?Cuidado que na zona da raia ,desde o Alto Alentejo , dificil é encontrar alguém que não tenha a sua gota de sangue judaico..
 
Ódio aos Judeus? Antes pelo contrário. Também sou consciente das minhas ascendências, que se encaminham para esse lado. Luis a foto é tua é claro, só que me esqueci de o referir.
 
Teriam existido Judeus em Castelo Branco? Claro que sim. Então porque criticar tanto o homem? Nesta santa terrinha é-se preso por ter cão e preso por não ter. Se o homem se sente feliz em ver Judiarias por tudo o que é “canto” na cidade de Castelo Branco, deixai-o sonhar. Como diz o poeta, “o sonho comanda a vida”.
 
Sr. Joaquim, pegando nas suas palavras “são agora portados judaicos do séc. XV? De repente estes portados estão cheios de símbolos judaicos?” Se as ditas cruzes, ou símbolos não são identificação dos Cristãos-Novos, o que serão então? Alguma brincadeira de meninos rabinos a grafitar as paredes no tempo de D. Manuel? Sr. Joaquim, apenas um conselho, não fale do que não sabe.
 
O homem gosta do papel que lhe deram. É masoquista, não perde um momento que seja, para louvar o sr. presidente, chega a enjoar, mas ele gosta, deixem-no gozar!
O presidente nem merece, em privado goza com ele. Nem houve IPAR. Só serviu para alcançar a reforma. O Afonso nem ousava pensar. O da câmara não deixava.
Mesmo assim o Afonso continua a louvá-lo.Até prejudica a campanha.
A bajulação prejudica sempre.
Deixem-no. Não sejam chatos. O homem é feliz assim e de resto todos sabem que os judeus estão em todo o lado, assim como o da câmara. Se não está, alguém está por ele. Pchiuuu. Olhem para o lado. Pchiuuu, pode até estar entre vós. A sério.
José do Telhado
 
Caro Anónimo e como sabe que eu não sei? Por acaso até sei muito mais que isso.Felizmente e sem peneiras.
 
Pshiuuu. Aqui para nós e baixinho, eu sei que sabia. Sei até, que sabe muito mais. Mas temos que concordar, é tempo mal empregue.
Pshiuuu, aqui para nós, quantas vezes a Ordem dos Arquitectos tomou posição?
Pshiuuu, pois é, se calhar é para isso que ele lá está. Como está um em cada associação, colectividade, clube, etc.
Pshiuuu, aqui para nós, prometo não falar mais do Afonso.
Pshiuuu. Eles andam por aí, é certo que um pouco acabrunhados...Pshiuuu.
Penso que me entendeu...
Está prometido
José do Telhado
 
É fantástico como algumas pessoas recusam encarar (e valorizar) a História como a ciência. Parece que ultimamente o trabalho de investigação serve apenas para ser deturpado em romances históricos de má qualidade e mitos forjados com fins turísticos. Estas cruzes ditas judaicas aparecem em edifícios públicos e privados POR TODO O PAÍS sem nenhuma relação como a comunidade judaica. Os estudos científicos sérios sobre o assunto também não conseguiram provar nenhuma ligação entre o fenómeno e a dita comunidade, quer em termos de distribuição cronológica ou espacial. O ridículo é que nem sequer era necessário inventar patranhas dessas para atrair os turistas de ascendência judaica a Portugal. Vestígios não faltam, basta contratar profissionais sérios para os valorizar.

Pelo que me parece toda esta confusão surgiu através de uma citação, aparentemente apócrifa, de uma suposta lei manuelina obrigava os cristãos novos a identificar as suas moradias através da colocação de cruzes na soleira(?) das portas. Sinceramente nunca vi tal citação bibliográfica/documental em nenhum estudo (algo bastante conveniente).

rgaidao
 
De facto muito continuam a incomodar os «judeus» e neste caso ,até os seus descentes ,de descendentes ,cristãos-novos! Pelo menos é o que parece por toda aquela conversa que já chega à Câmara...Porque será que os descendentes de judeus, ou antes de cristãos-novos são ainda uma«pedra no sapato» de algumas pessoas?Devemos mesmo ter algo de especial senão ,ao fim de 13 séculos de estarmos na Peninsula Ibérica não continuavamos a provocar tanto alarido.Deve ser mesmo uma «judiaria» nossa!Óptimo...
 
Será que este senhor Arquitecto, quando andou lá por Macau, também encontrou Judeus e Judiarias, Casas Judaicas do Séc. XIV e XV?
 
Dos séculos xiv e xv não digo mas do séc XVII porque não?..Aliás ,se a tese estiver certa ,há quem defenda que uma das dozes tribos foi para o oriente quando do regresso do Egipto.Portanto tudo é possível...estamos em todo o lado ...e assim será até muito antes do séc. XIV.
 
sim, sim e estacionou em Castelo Branco
 
O arquitecto Afonso é um martir.
 
nas mãos do Bin Ladem Mouronis
 
É verdade é um mártir.
Principalmente quando vai com o cão conspurcando tudo por onde passa.
 
Qualquer dia ainda é Canonizado pelo Vaticano
 
Não pode ser canonizado ,é judeu!Mas agora me estou a lembrar, há vários santos católicos que eram judeus a começar por Jesus ! Afinal será que pode?!
 
Caro Anónimo
Olhe que o nosso judeu, que deu arquitecto, pode ser canonizado. Neste país da “bandalheira”, desde que conseguiram passar um diploma de engenheiro ao nosso “engenheiro” num domingo, acredito que tudo seja possível.
Um albicastrense atento
 
Mas o mal do homem ´,do arquitecto ,é ser de origem judaica, ou são as obras que ele risca que não agradam ?É que uma coisa é uma coisa ,outra coisa é outra coisa.Não baralhemos as parcelas que nos pode cair o raio em casa ,que neste caso são os antepassados judeus que quase todos ,beirões da raia ,temos quer o queiramos ou não, quer o saibamos ou não.E,até podemos ser muito católicos romanos...Esclareçam-me p. f.
 
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