19 de junho de 2008

 

Património albicastro


Pronto. Acabou-se. Tal como tínhamos avançado, «a direcção Nacional do IGESPAR veio colocar um ponto final sobre a polémica sobre a importância histórica da galeria que liga dois poços no Largo de S. João». Isto vem na primeira página do nosso jornal regional “Reconquista” que assim anuncia o seguinte facto: a memória do túnel é preservada. Todos rejubilamos com isto.

MAS

Mas o jornalista que assina a peça, o nosso velho conhecido e excelente profissional João Carrega, fala de polémica. A palavra é mesmo essa, polémica. Curioso. É que no desenvolvimento da peça essa dita polémica» não é aflorada em nenhum sítio. Terá havido alguma? E se sim, entre quem? Entre a Câmara e o Igespar Nacional? Entre a Câmara e o Igespar local (Arquitecto José Afonso)? Entre o construtor do parque de estacionamento, a Câmara, e o Igespar? Polémica entre os arquitectos do projecto, os engenheiros da Câmara e os arquitectos do Igespar? Polémica entre o Presidente e os arquitectos os do Igespar e os do Projecto? Polémica entre os arqueólogos das retroescavadoras e os do colherim? Entre os promotores das baldas e ignorâncias técnicas cujos resultados não adquirem nenhuma credibilidade cientifica e os que querem e defendem uma Arqueologia para Castelo Branco verdadeiramente preventiva? Polémica afinal onde? Houve, isso sim, um consenso negociado que ajudasse a tapar as seguintes realidades: O Igespar está em Castelo Branco está, vai para muitos anos, algo desatento no que se refere à defesa do Património construído.

Deve ser, para já, um problema de óculos!

A «OBRA» é que manda. Sempre, sempre. Ela vale mais do que as palavras. Logo esse é que foi a questão a estrutura podia atrasar a OBRA. O resto foram cedências, os chamados males menores para aqueles que apesar de alvorarem que andam a defender o património do Pais e da região são com o silencio coniventes com as destruições por sobrevivência politica e social. Gostam muito de serem chefes de alguma coisa. Polémicas. Ui,ui. Tá quieto. Só em surdina…e sempre a olha para os lados. É que Polémica «é a prática de provocar disputas e causar controvérsias em diversos campos discursivos, como na religião, na filosofia, na política, na arte, na literatura, etc. É necessário salientar que polémica NÃO È SINÒNIMO de brigas ou discórdia hostil. Muitas obras literárias nasceram num contexto de polémica, defendendo (neste caso trata-se de uma apologia) ou refutando uma determinada tese. É mesmo frequente citar-se a polémica como algo necessário para o avanço do conhecimento nestes campos. Alguns autores clássicos, como Cícero ou Santo Agostinho deixaram obras notáveis que se inscreviam em polémicas políticas e religiosas.» Portanto fica aqui um aviso a alguns daqueles que classificam os outros como boas ou más pessoas, bons ou maus cidadãos, bons ou maus técnicos por se ser mais ou mais ou menos polémicas. Geralmente esses que criticam sabem no seu intimo uma coisa - Que os polémicos não são ignorantes, broncos e de raio intelectual curto… Portanto atenção àquilo o que alguns e algumas andam para aí a dizer de cidadãos honrados e com direito ao bom nome. Essas maledicências, essas calúnias, essas injurias socialmente tão aceites no café e em alguns gabinetes resolvem-se na DOMUS IVSTITIAE. Pois é.

Metam a mão na consciência e talvez fiquem mais iluminados como aconteceu agora ao Senhor Presidente Joaquim Morão. O senhor Presidente dá-nos no Reconquista, para nossa surpresa, uma grande lição de História. Bem haja Presidente por saber tanto destas coisas. Como se nota a importância da vinda a Castelo Branco do Professor Doutor João Pedro Ribeiro. E. É espantoso constatar que afinal e apesar do IGESPAR de Lisboa ter dito que a mina não apresentava grande singularidade patrimonial, a Câmara resiste e dá uma lição de preservação da memória histórica da nossa cidade. Assim é que é. Contra as adoráveis mentirinhas dos pseudo patrimonialistas da cidade, a Câmara dá uma lição única ao nível do País. Depois do aqueduto das Águas Livres, é o túnel do Largo de S. João de Castelo Branco, a estrutura hidráulica mais musealisada de todo o nosso Portugal PATRIMONIAL.

PS- 1- O parecer técnico do Igespar , transcrito no «Reconquista», afirma ser este “um sistema comum da região”. Gostaríamos de saber onde se situam, esses exemplos, nomeadamente aqueles que tenham 1, 90 de altura…

2- As sete sondagens arqueológicas realizadas no Largo prometem ser mais uma interessante página da arqueologia albicastrense depois do mito do quadrado 118. Esperemos pela consulta pública dos relatórios.

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Comments:
Isto também é um ataque ao PS e aos arqueólogos do PS
 
Só um breve comentário: no dia 12 de Junho uma técnica do serviço de um dos três entrevistados referiu-nos terem sido feitas 10 (dez) sondagens e não (7) sete... Terá o jornalista percebido mal? Foi lapso de um dos três entrevistados?
Não é um dados irrelevante, a não ser que as sondagens não fossem "coisa" séria e indispensável... se fossem "de borla" talvez o n.º das mesmas não importasse.

P.S.
Os anónimos que venham à luta... e não se esqueçam que TODAS as chamadas e mensagens, identificadas ou não, são detectadas e gravadas pelas operadoras de telecomunicações... cuidado com os próximos telefonemas...
 
Ok! 1,90m altura e 0,60 m largura, e comprimento? Alguém sabe?

Cumprimentos
 
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