17 de janeiro de 2007
Outros perspectivistas
A 13 de Maio de 1995, Idanha-a-Nova, recebia no salão nobre da sua Câmara Municipal, o encontro organizado pela ARP - Aliança para a Defesa do Mundo Rural Português: “A importância das organizações locais na sensibilização para as medidas agro-ambientais e na defesa do Mundo Rural”. O desenho do prospecto diz muito quanto à persistência dos arcaísmos que sempre caracterizaram o sector primário nestas terras. O grande sol representado terá sido metáfora do girassídio dominante nos campos (como sabem é palavra que resulta de girassol mais subsídio) ou anunciava a actual desertificação ambiental? O programa que contou com ilustres palestrantes e especialistas, foi encerrado com um lanche na Quinta dos Trevos (Ladoeiro) com uma mostra e prova de produtos regionais e ou provenientes da agricultura biológica e com uma visita à quinta guiada por um representante da ADRACES e pelos proprietários.Infelizmente, pelo sabido, os bons princípios devem ter caído no canal do regadio. Acontece. Houve fotos nos jornais da terra e lá se gastaram mais umas massas a ‘perspectivar’ o mundo rural raiano.
O documento apresentado na gravura é pertencente a um particular
Também concluo, insisto, que não passou da capa e da página 12, relativamente à publicação que divulga. Não foi encomendado nenhum estudo, ao contrário do que fez Pereira Lopes, foram endereçados convites a personalidades, para de forma graciosa e na sua área de especialização, as Ciências Sociais, dinamizarem um Colóquio sobre "Perspectivas de Desenvolvimento do Interior". Foram dinamizadores e apresentadores do tema os professores João Ferreira de Almeida, então Presidente do ISCTE, Rui Canário, professor da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, tendo ainda apresentado temas dinamizadores as professoras Margarida Chagas Lopes e Maria do Rosário partidário, respectivamente do ISEG e da Faculdade de Economia da Nova e ainda Álvaro Domingues da Faculdade de Letras do Porto. Das intervenções registadas, no decurso do Colóquio foi elaborado o livro que reproduz, editado pela Imprensa Nacional, com uma edição de 1000 Exemplares. Como vê não houve criação de grupos de trabalho, pagos com dinheiros comunitários, nem os investigadores foram remunerados pela edição, como autores. Aliás, foi dessa forma que sempre actuou o Presidente Sampaio. Definido o tema das Presidências abertas, eram convidados especialistas das diferentes áreas, que graciosamente se envolviam nessas iniciativas. Em resultado de colóquios, seminários, ou situações similiares eram editadas publicações, sempre que a qualidade das intervenções o justificasse. Esclarecido.....
Tenho muito estima e consideração por Lopes Marcelo, que conheço melhor do que imagina, mas não compare o trabalho de um técnico bancário do IFADAP, com anos de investigação e de trabalho científico publicado pelos oradores que referi.
A propósito apaguei dois comentários seus porque repetiam o que está visivel, acho que não se irá melindrar
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