12 de julho de 2006

 

Pombal de luxo


A imagem documenta o edíficio destinado a ser o pombal, dos pombos do terra-tenente de Idanha-a-Velha. A sua construção foi efectuada nos anos 50 do século passado, mas não acabada por motivo desconhecido, aliás só faltava acabar de telhar o telhado. Ante tal sintoma de riqueza e de ostentação só me resta desabafar que na altura até os pombos viviam melhor que os campónios de Idanha-a-Velha. Esses sim eram as bestas e os animais. Hoje este edifício alberga algumas famílias de enormes corujas. Será que devemos mudar-lhe o nome para corujal?

Comments:
Dava para a sede do Ippar ou do novo Instituto.O óculo cimeiro era para o director corujo.
 
O granito utilizado é de onde?
 
O granito foi extraído da zona norte de Idanha-a-Velha, já na freguesia de Monsanto num local chamado Corgos e também na Serrinha, esta na freguesia de Idanha-a-Velha
 
O que está feito, feito está. Em Idanha-a-Velha não há só uma família terra-tenente, de qual se trata? Sugiro, que espaço seja preservado ecologicamente, como habitat de corujas e que se criem condições de observação, para quem gosta da noite, aproveitando para generalizar uma iniciativa de interpretação ambiental. Seria mais uma forma de atrair gentes a Idanha-a-Velha, aproveitando uma estrutura, cujo granito aparenta ter uma cor, difícil de atingir em 56 anos. Temos, de facto, nalguns pormenores, um trabalho de cantaria da escola de Alcains, a preservar e a rentabilizar, para o desenvolvimento.
 
Amigo Aquiles a única família de Idanha-a-Velha de grandes proprietários são os Marrocos. Se se está a referir á Casa Franco como outro terratenente, efectivamente também possui algumas propriedades em Idanha-a-Velha, mas a sua sede é em Alcafozes. Estou plenamente de acordo na defesa e preservação do pombal e das aves que nele pernoitam. Pode crer que é espectacular ver aves tão grandes, de noite, à procura de luz, os seus olhos brilham. Os pedreiros que fizeram esta obra, não sei se eram de Alcains, mas sempre ouvi dizer que eram do Pedrógão de S. Pedro. Para ser sincero não tenho a certeza. De resto de acordo consigo.
 
E de facto interessante e invulgar, pelo meos para os "standards" meus conhecidos, pelos meus lados tambem existem alguns pombais mas sao redondos.
De facto se nunca na ouve pombas e agora la vivem corujas, curujal estaria mais apropriado.
Uma cantaria digna de qualquer habitacao.
 
Por casa Franco, na Beira Interior, entende-se a do Alcaide. A de aí é, suponho, Franco Frazão. A Granja de S.Pedro é a residência dos descendentes da casa Marrocos, que não é em Idanha-a-Velha. Mas, o importante, na minha opinião, é dar utilidade a uma construção tão interessante, apopriada por corujas e que em simultâneo traga mais valias para a comunidade. Certamente que a Drª Graça, facilmente, à semelhança do que fez noutros momentos, não se importaria de contribuir com o seu património, para o conhecimento da região, agora em termos zoológicos. Proximamente, remeto-lhe fotografias de pombais de Lisboa, para contraste. Em Moscavide, por exemplo, para apoio à Columbofilia, foram recebidos uns pombais oferecidos pela Finlândia, em Madeira, que provocavam a morte dos pombos, por não estarem adaptados ao nosso clima. Tiveram que ser transformados e abertos espaços para ventilação. Na estremadura há pombais construídos de pedra, muito idênticos à estrutura dos moínhos, também muito interessantes. Alguns deles foram transformados em ateliers e utilizados por artistas, para se inspirarem no seu trabalho criativo.
 
Quanto à escola de Alcains, na cantaria, nem todos os canteiros eram de Alcains. Nós, na Beira, também aprendemos a trabalhar a pedra local, granito e xisto, tendo Alcains funcionado como centro de conhecimento, relativamente ao granito. O Xisto teve outros artistas, dispersos pelo concelho do Fundão e na área do Pinhal Interior. No Fundão tem sido realizada formação, para artistas que se queiram dedicar ao aproveitamento do Xisto, como material de construção
 
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